Amazonas é destaque no número de transplantes

O número de transplantes realizados nas regiões Norte e Nordeste do País foram responsáveis pela evolução registrada nesse tipo de procedimento, em 2012. O balanço foi apresentado pelo Ministério da Saúde (MS) e o Amazonas está entre os estados que mais se destacaram, com aumento de 35% no número de transplantes realizados em 2012, em comparação com 2011.

Na região Norte o crescimento foi de 47% (4.706 transplantes) e no Nordeste 20% (613 transplantes). Os estados que mais se destacaram em aumento percentual foram Bahia (59%), Pará (56%), Pernambuco (55%), Maranhão (44%) e Amazonas (35%). O Brasil realizou 23.999 transplantes em 2012, maior número da última década, quando foram registradas 12.722 cirurgias realizadas.

O secretário estadual de Saúde, Wilson Alecrim, diz que a tendência, no Amazonas, é expandir ainda mais, seguindo determinação do governador Omar Aziz. Ainda este ano, segundo ele, o Governo do Estado dará início à realização de transplantes de fígado, na Fundação Hospital Adriano Jorge, que já está sendo preparada para isso. Em 2014, a rede estadual de saúde passará a oferecer transplantes de coração, no Hospital Francisca Mendes, que passará a funcionar como Hospital do Coração do Amazonas. Atualmente, os procedimentos realizados na rede estadual de saúde incluem transplantes de córnea e de rins. O ano de 2012 fechou com 212 procedimentos realizados.

Doação de órgãos – Os transplantes, conforme destaca o secretário Wilson Alecrim, são, para muitos pacientes, a última alternativa. A Secretaria de Estadual de Saúde (Susam), de acordo com ele, tem investido em campanhas educativas para sensibilizar a população e aumentar o número de doadores. A Susam tem difundido o tema nos hospitais e em escolas públicas, por meio de ações realizadas pela equipe da Organização de Procura de Órgãos (OPO). O órgão também criou uma página na internet, com informações para tirar todas as dúvidas sobre o tema. No endereço www.doeorgaos.am.gov.br é possível ter acesso a notícias, dados mensais de doação, transplantes e tirar dúvidas com a central de atendimentos, além de saber o que é mito e verdade sobre o assunto.

“Estamos em campanha para que as pessoas comecem a se familiarizar com o processo de doação e entendam a importância desse ato. Em dezembro, tivemos o Natal Solidário, envolvendo as igrejas, e começamos um trabalho de formiguinha, porque entendemos que falta mais informação, para que a família autorize a doação”, explica a coordenadora da OPO, Helen Figueiredo. Ampliando o número de doadores, explica Helen, reduz-se o tempo de espera dos pacientes que estão nas filas de transplantes.

Para se tornar um doador de órgãos, a pessoa precisa apenas expressar o desejo à família. “Os familiares é que irão formalizar o ato, fazendo a autorização, por escrito, dos procedimentos. Apesar de simples, este processo exige alguns cuidados como a realização de entrevistas com os familiares, além da assinatura do documento, que permite a doação dos órgãos”, frisa o secretário Wilson Alecrim.

Outro ponto importante é que a doação é possível apenas quando o paciente tem morte encefálica comprovada e o organismo recebe o tratamento adequado para sua manutenção, até a realização do transplante dos órgãos.

Outras informações sobre doação podem ser obtidas na Central de Transplantes do Amazonas, órgão vinculado à Susam. Os telefones de contato são 3664-2616 e 8802-6801. Os interessados também podem entrar em contato através do e-mail cncdo.am@saude.gov.br.