Amazonas em alerta contra o sarampo
A Secretaria de Estado da Saúde (Susam), através do Programa Nacional de Imunização (PNI), está com uma programação especial de vacinação contra o sarampo. A vacinação é específica para pessoas que estejam com viagens marcadas para a Venezuela. A Secretaria está seguindo orientação do Ministério da Saúde, que fez um alerta nacional depois da identificação de um surto de sarampo naquele país. Não há registros de casos de sarampo no Brasil desde 2000 e a vacinação é para evitar que o vírus volte a circular.
A vacina, única arma disponível contra a doença, é oferecida em todos os Centros de Saúde da capital e nas unidades de saúde do interior, e deve ser tomada por qualquer pessoa, independente da idade, sendo necessário apenas que a pessoa apresente comprovante de que viajará para a Venezuela nos próximos dias. O cartão de vacinação será exigido na hora do embarque nos portos, aeroportos e barreiras policiais nas estradas.
O sarampo é uma das chamadas doenças da infância, causada por um vírus conhecido morbili vírus. A doença é facilmente transmissível de pessoa para pessoa. Os principais sintomas são manchas avermelhadas na pele, em todas as partes do corpo, manchas brancas na parte interna da bochecha, febre alta, olhos inchados, sensibilidade à luz, tosse e coriza. O sarampo pode trazer complicações como otite e pneumonia. A doença pode levar à morte em casos de agravamento ou em crianças desnutridas ou com o sistema imunológico comprometido.
O diagnóstico da doença pode ser feito através de exame clínico realizado por um médico e confirmado através de exame de sangue, que detecta a presença do vírus no organismo.
A vacina anti-sarampo é altamente eficaz, protegendo 97% das crianças vacinadas. A vacina faz parte do calendário básicos de vacinação das crianças e deve ser aplicada em duas doses, sendo a primeira aos nove meses e a segunda aos 15 meses.
No Brasil foi implantado, em 1999, um Plano de Erradicação do Sarampo, com intensificação em todas as atividades de prevenção, o que resultou na redução da incidência em 2000 e na eliminação da circulação do vírus autóctone no país, no ano de 2001. No Amazonas, o último caso foi confirmado foi em 2001, no município de Guajará, na fronteira com o Acre, último estado com surto de sarampo no país. No período de 2001 a 2005 nenhum caso foi registrado no país..
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