Amazonas já transplantou quase 200 córneas

Os 191 transplantes de córnea realizados no Amazonas desde a inauguração do Banco de Olhos, em 2004, foram o destaque da abertura oficial da Semana Estadual de Doação de Órgãos e Tecidos, realizada na manhã desta terça-feira (25), no auditório da UEA.

As atividades da Semana começaram no último domingo e serão encerradas na próxima sexta-feira. O principal objetivo é esclarecer a população amazonense e aumentar a quantidade de córneas captadas no Estado, para transplante.

O secretário estadual de Saúde destacou o aumento na quantidade de pacientes transplantados. Em 2004 foram 31 e em 2006, 68. No primeiro semestre deste ano, 47 pessoas receberam uma córnea. “Até o final do ano devemos chegar a cem pacientes beneficiados”, acredita Alecrim.

A diretora do Banco de Olhos, Cristina Garrido, disse que o crescimento dos transplantes se deve à maior adesão da população. “Trabalhamos nos hospitais e no IML esclarecendo as famílias e essa abordagem direta tem dado bons resultados”.

Segundo Cristina, a meta do Banco é oferecer córneas em quantidade suficiente para o atendimento imediato dos pacientes que precisarem do transplante. “Isso já acontece atualmente, mas apenas para os casos de urgência”. Cerca de 580 pessoas aguardam doações para receber uma nova córnea e voltar a enxergar, de acordo com as estatísticas do Banco.

Renais – Os transplantes de rim também foram comemorados pela Secretaria de Estado da Saúde (Susam). Esse tipo de transplante é feito no Hospital Santa Júlia, por meio de convênio com o SUS. Desde 2002, 94 pessoas foram operadas. O diretor do Hopsital, Edson Sarkis, disse que em média são realizados quatro transplantes por mês. “Quem tem doador compatível é atendido sem demora”, garante.

Dados da Susam mostram que 340 pacientes com problemas renais crônicos estão inscritos para receber o órgão.

O coordenador estadual de Transplantes, Noaldo Lucena, disse que o próximo passo do Amazonas é viabilizar o funcionamento do laboratório de HLA, para testes de compatibilidade, o que vai permitir a captação de órgãos a partir de doador cadáver. “Inicialmente isso vai permitir a captação de rim e no futuro, de fígado, coração e qualquer outro órgão ou tecido que o Estado tenha condições de transplantar”.

Noaldo afirmou que o Estado está formando uma cultura de transplantes. Para ele, garantir a adesão da população aos programas de doação de órgãos é tão importante quanto as condições materiais e técnicas para a realização dos transplantes. “Estamos avançando neste campo”, garante.

O secretário Wilson Alecrim disse que entre os motivos alegados pelas famílias para a não doação das córneas está a dúvida sobre a vontade de quem morreu. “É importante deixar claro para a família se cada um é ou não doador”, orienta. Somente os familiares podem autorizar legalmente a captação de um órgão.

Os mitos sobre a doação de órgãos foi o tema da peça de teatro, apresentada pela Companhia de Arte Cristã, para o encerramento do evento. Apoiados pela narração de um boneco de fantoches os atores apresentaram os mitos ligados à doação, entre eles o de que o corpo do doador fica desfigurado e que o tráfico de órgãos é uma realidade. “Faz parte dos nossos desafios derrubar esses mitos. Informações claras e simples é que garantem adesão”, disse Alecrim.

Mobilização continua até sexta-feira

Terça, Quarta e Quinta-feira (25 a 27/09)
Amazonas Shopping – 10h às 22h
Policlínica Codajás – 9h às 17h
Sexta-feira (28/09)
Sede do Tribunal de Justiça do Amazonas – 8h30 às 12h
Studio 5 – 10h às 22h
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