Amazonas já vacinou 73% das crianças
Balanço parcial da Secretaria de Estado da Saúde (Susam) mostra que 73% das 407 mil crianças menores de cinco anos que devem ser vacinadas no Amazonas contra a poliomelite já receberam as duas gotinhas da vacina. A campanha, realizada apenas no último sábado na capital e nas zonas urbanas dos outros 61 municípios do Estado, segue por mais 30 dias nas zonas rurais. A prorrogação do período de vacinação, já tradicional na Amazônia, deve-se às dificuldades que as equipes de vacinadores enfrentam pra chegar às comunidades mais distantes e de difícil acesso.
“Teremos mais estes 30 dias para fechar o balanço da campanha”, informa a coordenadora estadual do Programa de Imunizações da Susam, Izabel Nascimento. Segundo a coordenadora, cinco municípios do interior já alcançaram a meta: Canutama, Barreirinha, Juruá, Silves e Alvarães. Manaus vacinou no último sábado 92% do total de crianças na faixa etária de 0 a 5 anos. Ela destaca que entre os maiores problemas para alcançar as famílias que vivem no interior do Estado está a dificuldade de locomoção das equipes. “Além das distâncias, tem a questão logística. Às vezes é preciso usar vários meios de transporte, como barco e avião, para chegar a um único lugar”.
A meta do Ministério da Saúde é alcançar, a cada edição da campanha, no mínimo 95% das crianças menores de cinco anos. Este ano, no Estado, a meta corresponde a 407.814 meninos e meninas. Destes, 189 mil vivem em Manaus. No interior do estado, os municípios com maior população infantil a ser vacinada são Parintins, Coari, Manacapuru, Itacoatiara e Tefé.
A última vez que o Brasil registrou um caso de poliomelite foi em 1989, no estado da Paraíba. No entanto, em 17 países, incluindo Índia, Nigéria, Afeganistão e Paquistão, quase 2 mil casos foram registrado somente no ano passado.
Segundo Izabel Nascimento, nos primeiros quatro meses deste ano, 214 pessoas tiveram poliomelite em todo o mundo. O número é 100% maior que o registrado no mesmo período de 2006 e preocupa as autoridades de saúde. “A Organização Mundial de Saúde recomendou, em maio deste ano, que os esforços sejam intensificados para erradicar a paralisia infantil de forma global”, alerta a enfermeira.
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