Amazonas reduziu mortalidade infantil

O Amazonas reduziu em 22% a mortalidade neonatal (até os 27 dias de vida) e em 20% a mortalidade infantil (crianças menores de um ano). Os dados são relativos a 2006 em relação a 2002. No mesmo período, a mortalidade materna (ocorrida durante a gravidez, por aborto ou parto) caiu 19%.

As reduções superam as metas do pacto nacional que previa queda de 15% das mortes maternas, neonatais e infantis até 2006 e de 75% até 2015. Os números também são melhores do que a média das reduções ocorridas no Brasil no período de 1999 a 2004 (13%), divulgadas no início da semana pelo Ministério da Saúde, com base em pesquisa publicada pela Social Science & Medicine.

O secretário de estado da Saúde, Wilson Alecrim, garante que os resultados do Amazonas devem-se a melhorias nos serviços de saúde materno-infantis na capital e no interior do Estado. Segundo ele, nos últimos cinco anos a capacidade de atendimento a parturientes aumentou 124%. Duas novas maternidades públicas foram inauguradas, com um total de 130 leitos, e as que já estavam em funcionamento foram modernizadas.

Alecrim diz também que foram criadas as duas primeiras UTIs maternas e mais duas UTIs neonatais e três Unidades de Cuidados Intermediários (UCI) para crianças recém-nascidas. “Aliamos tecnologia e humanização do atendimento”, garante. No interior do Estado o secretário informa que foram inaugurados 24 hospitais com serviços de maternidade.

Vários serviços foram implantados na rotina das maternidades estaduais, incluindo o teste do pezinho e o incentivo ao aleitamento materno exclusivo. “Por conta desse trabalho 100% das nossas maternidades contam agora com o título Hospital Amigo da Criança”. O título é concedido pelo Unicef e Ministério da Saúde.

O secretário cita ainda a ampliação da oferta de leite humano para os recém-nascidos internados nas unidades hospitalares, a partir da criação do Banco de Leite Humano da maternidade Ana Braga.
“Os programas de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) e Saúde da Família (PSF), em funcionamento nos municípios, além da rede de assistência infantil, com os Caics e hospitais, também tiveram impacto na redução das taxas de mortalidade”, afirma Alecrim.

Os programas continuarão sendo incrementados, ele garante. “Queremos cumprir as metas pactuadas”. O secretário destaca, no entanto, que outras questões associadas à mortalidade materna, incluindo os abortos e a gravidez na adolescência, devem ser objeto de estudo e programas multisetoriais. “Algumas questões estão fora do setor saúde e só podem ser resolvidas com ações integradas”.
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