Amazonas tem novo complexo laboratorial com destaque ao transplante
A Secretaria de Estado da Saúde, por meio da Fundação HEMOAM passou a integrar a rede de hemocentros que implantou o Laboratório de Histocompatibilidade, o HLA – sigla para Antígenos Leucocitários Humano – que irá verificar compatibilidade entre doador e receptor de tecidos e órgãos através de características genéticas. A unidade faz parte do Complexo Laboratorial, inaugurado pelo Governo do Estado, nesta segunda-feira, 24, que incluiu ainda a reforma dos Laboratórios de Análises Clínicas e Sorologia, além da implantação dos Laboratórios de Biologia Molecular (o segundo no Amazonas), Pesquisas Multidisciplinares e Irradiação de Hemocomponentes. O investimento total em infra-estrutura, equipamentos e insumos foi no valor de R$ 3,2 milhões.
Para a diretora do HEMOAM, Leny Passos, a inauguração do Complexo Laboratorial é mais um passo para a implementação dos transplantes. “Graças ao Laboratório de HLA e o suporte dos demais, o Estado estará pronto para avançar em mais um nível de complexidade no tratamento dos pacientes que estão à espera de um transplante”. “É um passo gigantesco no setor saúde. Um marco na história da medicina estadual”, resumiu o secretário de Estado da Saúde, Agnaldo Costa.
Segundo Passos, o exame de HLA determina o grau de compatibilidade entre doador e receptor de órgãos, em estudos de pesquisa entre doadores intra-familiares ou de pacientes inscritos em fila de espera, assim como de possíveis doadores não-vivos.
Com a inauguração irá iniciar o atendimento de tipagem de pacientes renais crônicos de doadores intervivos. “Agora o exame será feito aqui no Estado, agilizando todo o processo de transplante”, destacou o Governador Eduardo Braga acrescentando que, a partir de janeiro do próximo ano, o Estado deverá acabar com a fila de espera, atuando com os doadores não-vivos que tenham externado o desejo de doação. Processo que só poderá ser iniciado após decretada a morte encefálica por comissão hospitalar e com autorização de familiares do doador para a Secretaria de Saúde do Estado (SUSAM). Todo o processo deve ser feito em até 6 horas. “Por isso, a importância de se realizar cadastro local com todas as informações dos pacientes que estão à espera de um rim para ter uma vida digna”, disse Braga.