Amazônia Legal discute gestão da saúde

Representantes dos nove estados da Amazônia Legal estão reunidos desde ontem (28), em Manaus, para discutir estratégias de integração e melhoria do Sistema Único de Saúde na região. Eles participam do 4º CIB Norte (Encontro das Comissões Intergestores Bipartite da Amazônia Legal) e do 1º Encontro Internacional Pró-Rede Pan-Amazônica de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde. Os eventos, que acontecem até quarta-feira no Tropical Hotel, são coordenados pelo Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems), e têm o apoio da Secretaria de Saúde do Amazonas (Susam).

De acordo com o secretário estadual de saúde, Wilson Alecrim, dentre os objetivos dos eventos estão a avaliação de implementação do Pacto Pela Saúde na região Norte (conjunto de reformas institucionais do Sistema Único de Saúde, SUS, pactuado entre as esferas federal, estadual e municipal), a discussão dos principais desafios para qualificação dos profissionais e as estratégias de melhoria do SUS na Amazônia Legal, no período de 2007 a 2010. Além disso, está sendo discutida a criação de uma rede pan-amazônica de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde.

A consultora técnica do Departamento de Apoio à Descentralização do Ministério da Saúde, Kátia Ern, garantiu que o governo federal tem a preocupação de desenvolver e preservar a Amazônia, respeitando suas particularidades, e por isso está promovendo discussões específicas para a região. Segundo ela, o governo quer colocar em prática o princípio de tratar os desiguais de forma desigual “no sentido de valorizar e preservar a cultura local”. Ela reconheceu que a região precisa de tratamento diferenciado, principalmente no cuidado com populações vulneráveis, como os ribeirinhos e os indígenas.

Além de cerca de 200 gestores de saúde das três esferas de governo, instituições de ensino e pesquisa, conselhos estaduais e municipais de saúde, participam dos eventos a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Organização do Tratado de Cooperação Amazônica, além de participantes de dois países integrantes da Amazônia Legal (Peru e Bolívia), e instituições de pesquisa do Uruguai.

O diretor do Departamento de Apoio à Descentralização do Ministério da Saúde, André Luis Bonifácio, explicou que a Rede Pan-Amazônica deve agregar instituições de ensino e pesquisa que desenvolvem projetos visando fortalecer o ensino e a pesquisa na Amazônia Legal. Ele destaca que nos últimos quatro anos foram realizadas outras três encontros técnicos e científicos na região, para a definição de diretrizes estratégicas específicas para os estados amazônicos.

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