Ana Braga apresenta modelo de assistência a vítimas de violência
A Maternidade Ana Braga foi selecionada pela Secretaria Nacional de Promoção de Direitos da Criança e do Adolescente para participar da Oficina de Apresentação de Modelos de Atendimento Integrado na área de saúde da criança e adolescentes vítimas de violência sexual, que acontece nesta segunda-feira (08), em Brasília.
O modelo de atendimento implantado pela Maternidade Ana Braga será apresentado pela psicóloga e psicopedagoga Nelli Maria Carvalho Sena, que coordena o trabalho na unidade. Ela conta que o objetivo da Secretaria Nacional é conhecer as experiências já existentes no Brasil e a partir delas criar um modelo único de atendimento para todo o país. Estarão presentes ao evento representantes de dez estados brasileiros que já têm um serviço implantado nessa área.
A psicóloga esclarece que o modelo de atendimento utilizado na Ana Braga foi construído no dia a dia, a partir dos casos identificados. “Seguimos o protocolo de atendimento geral estabelecido pelo Ministério da Saúde para atendimento de mulheres nos períodos de pré-parto, parto e pós-parto”. De acordo com Nelli, depois do parto a equipe de psicologia tem uma conversa mais direta com as mães para saber como foi a gravidez e se ela precisa de alguma orientação mais específica. “Com as adolescentes nós procuramos identificar como foi a gravidez e em muitos casos descobrimos que a paciente foi vítima de violência”.
Nelli Maria destaca que nestes casos, a família é chamada para uma conversa e orientada sobre as providencias a serem tomadas. A maternidade também faz notifica o Conselho Tutelar para que sejam tomadas as medidas judiciais cabíveis. A paciente é encaminhada para fazer exames específicos para a identificação de diversas doenças e, nos casos positivos, é encaminhada para tratamento imediato.
As pacientes que necessitam de acompanhamento psicológico são encaminhadas para o Serviço de Atendimento a Vítimas de Violência Sexual (Savas), que funciona no Hospital Universitário Francisca Mendes.
A psicóloga acredita que um protocolo padronizado para o atendimento dessas pacientes irá facilitar o trabalho na maternidade. “Existem casos diferentes em que a abordagem precisa ser específica”, avalia. Ela conta ainda que a partir do levantamento feito pelos estados e dos números que serão apresentados na oficina, a Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente terá um dado real sobre a violência sexual entre crianças e adolescentes e poderá elaborar políticas públicas de proteção para esta faixa etária. “Identificamos aqui pessoas assustadas que não sabem dos seus direitos e que se calam diante da violência por não saber como agir. Esperamos que a partir desse trabalho seja criada uma rede de proteção efetiva”, declara.
A Maternidade Ana Braga realiza uma média de 900 partos por mês, dos quais cerca de 250 são adolescentes, com idade variando entre 10 e 19 anos.
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