Ana Braga vai ampliar assistência ao parto humanizado

A maternidade Ana Braga, a maior da rede estadual de saúde, vai oferecer um novo ambiente para ampliar a assistência humanizada. Duas salas para o parto natural foram montadas com o objetivo de garantir à família da gestante a participação em todas as etapas do nascimento. Os espaços entrarão em funcionamento após capacitação dos profissionais da maternidade por uma equipe técnica do Hospital Sofia Feldman, de Belo Horizonte. A unidade é referência nacional para as ações de humanização da atenção ao parto e ao nascimento.

O treinamento será realizado nesta terça-feira (10) na própria maternidade e vai envolver 30 profissionais, incluindo médicos obstetras, neonatologistas e anestesistas, enfermeiros e técnicos de enfermagem. A ação é parte das ações do Plano de Qualificação das Maternidades e Rede Perinatal do Nordeste e Amazônia Legal, instituído pelo Ministério da Saúde com o objetivo de contribuir com a redução de doenças e mortes maternas e neonatais.

A apoiadora institucional do Ministério da Saúde, Loiana Melo, explica que o treinamento é um desdobramento da etapa de visitas técnicas feitas por profissionais da Ana Braga ao Hospital Sofia Feldman. “Como a unidade é referência nacional, seu modelo de assistência está sendo socializado para que outras maternidades possam adotá-lo”. Segundo Loiana, a equipe da Ana Braga irá receber dos profissionais do Hospital acompanhamento técnico permanente até o final deste ano. “O objetivo é apoiar e implementar mudanças nas práticas de atenção ao parto e ao nascimento, ligadas não só à capacitação técnica, mas principalmente à forma de acolher e tratar as mulheres”.

Acolhimento – De acordo com a diretora da maternidade Ana Braga, Adelaide Setúbal, a construção das duas novas salas de parto natural, seguem orientação do Hospital Sofia Feldman e atendem às diretrizes do Ministério da Saúde para a humanização do nascimento. As salas contam com uma cama PPP, que permite a realização de todos os procedimentos de pré-parto, parto e pós-parto, além de berço, sofá para acomodar os acompanhantes e decoração infantil, com cômoda e quadros. “Neste ambiente, temos condição de plena de executar o parto humanizado, exatamente como preconiza o Ministério da Saúde”. A diretora explica que o acompanhamento de familiares durante o parto é aceito na maternidade, mas até então existiam restrições em função do padrão anterior das salas de parto, que não previam acomodação adequada.

Atualmente a Ana Braga realiza, em média, 850 partos por mês. Destes, 65% são partos naturais e 35% partos cesáreos. A meta, de acordo com a diretora é melhorar estes índices. “Devemos reduzir as cesáreas para no máximo 27% do total de partos.

Atendimento é feito por ordem de prioridade

A utilização das novas salas de parto da maternidade Ana Braga complementa o Acolhimento com Classificação de Risco (ACCR), também um modelo recomendado pelo Ministério da Saúde e implantado há 10 dias pelas maternidades Ana Braga e Balbina Mestrinho, que fazem atendimento de mulheres com gravidez de alto risco.

Com o ACCR, as grávidas são atendidas agora por ordem de prioridade e não por ordem de chegada. De acordo com a urgência do atendimento médico são atribuídas diferentes cores que estabelecem prazos máximos para avaliação médica. Para implantar o novo serviço, a Ana Braga criou um espaço mais amplo para o atendimento, feito agora a partir da segunda recepção na lateral da unidade.

O secretário Wilson Alecrim explica que implantação do sistema de Acolhimento com Classificação de Risco faz parte da política de humanização na saúde, definida pelo Governo do Amazonas como prioridade e que ainda em 2011 as outras maternidades estaduais instaladas na capital – Azilda Marreiro, Nazira Daou, Alvorada e Instituto da Mulher Dona Lindu – serão preparadas para adotar o novo sistema de atendimento.
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Andréa Arruda – Francismar Lopes