Balbina Mestrinho será reestruturada

A maternidade Balbina Mestrinho, referência em gravidez de alto risco no Amazonas e a mais antiga da rede estadual de saúde, será totalmente reestruturada.

Um novo prédio de quatro andares será construído para abrigar oito setores da maternidade e novos equipamentos serão incorporados à unidade, permitindo a renovação de 70% da aparelhagem utilizada em todos os serviços prestados na área de atendimento materno e infantil.

De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Wilson Alecrim, a nova estrutura, que será erguida no mesmo terreno onde a maternidade funciona atualmente (na Praça 14, zona Sul) vai exigir investimentos de aproximadamente R$ 9,6 milhões.

Parte do recurso foi garantida por emenda parlamentar do senador Gilberto Mestrinho e o restante, via convênio do Governo do Estado com o Ministério da Saúde. A prospecção do solo para o início da construção já começou e o prédio deve ser inaugurado até o final do ano, após a conclusão das obras físicas e a instalação dos equipamentos.

O diretor da Balbina Mestrinho, médico Marco Lourenço, informa que o prédio vai abrigar a recepção, a admissão, um pré-parto com 10 leitos, duas salas de parto normal, três centros cirúrgicos, sala de esterilização, preparo de material, lavanderia, 12 enfermarias com um total de 53 leitos de alojamento conjunto (para mãe e filho) e as unidades neonatais de cuidados especiais – Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com 10 leitos e Unidade de Cuidados Intermediários (UCI), com 20 leitos.

Ainda serão construídas duas alas em anexo. Uma será destinada ao funcionamento da unidade de Neonatologia, onde é desenvolvido programa Mãe Canguru. A unidade terá 12 leitos de alojamento tardio, onde poderão ficar internadas mães cujos filhos ainda não receberam alta e recém-nascidos cujas mães se encontram em tratamento na maternidade.

A outra ala anexa será ocupada pelo Banco de Leite, que teve a instalação aprovada pelo Ministério da Saúde no final do ano passado, permitindo a ampliação do serviço de coleta e distribuição de leito humano, que hoje está centralizada na maternidade Ana Braga, na zona Leste.

Segundo Marco Lourenço o projeto da nova estrutura segue rigorosamente os padrões e normas estabelecidos pelo Ministério da Saúde, o que vai permitir melhorias nos procedimentos realizados desde a admissão até a alta da mãe e seu bebê. “A Balbina foi construída há 47 anos e, mesmo com algumas reformas, precisa de modernização”.

Ele destaca que a aquisição de equipamentos de ponta também vai garantir mais qualidade a exames e acompanhamento das mulheres e recém-nascidos atendidos pela unidade.

Dentre os equipamentos novos estão aparelhos de ultrassom portáteis, incluindo um para Doppler colorido que permite visualização em alta resolução, carros de emergência, eletrocardiógrafos, incubadoras, ventiladores pulmonares, berços aquecidos, focos cirúrgicos, mesas de cirurgia, outros aparelhos e instrumentos para suporte de rotina e de emergência e todos os equipamentos de UTI e UCI. “Teremos, de fato, uma nova maternidade, super moderna e preparada para oferecer conforto e segurança”, garante o diretor.

Na antiga estrutura, continuarão em funcionamento somente a administração, o refeitório, o laboratório, a farmácia, o cartório, a UTI materna (inaugurada em 2003) e o ambulatório de alto risco, onde são atendidas as grávidas que precisam de acompanhamento especial.

A Balbina Mestrinho é a segunda maior maternidade estadual e a mais tradicional do Estado. Em 2007, realizou cerca de 4,3 mil partos, entre normais e cesáreos, com uma média de 1,4 mil atendimentos mensais no pré-parto.

Maternidade da zona Norte também receberá novos equipamentos

Além da Balbina Mestrinho, a maternidade Azilda Marreiro, localizada no bairro Monte das Oliveiras, na zona Norte de Manaus, receberá equipamentos de ponta para modernização da sua estrutura.

Também por meio de convênio entre o Governo do Amazonas e o Ministério da Saúde serão investidos cerca de R$ 942 mil em diversos itens como respiradores, balanças, estufas, carro de emergência, aparelho de fototerapia (para tratamento de hiperbilirrubinemia de recém nascidos), aspiradores, aparelhos de monitoramento e respiração mecânica, berços aquecidos, além de outros aparelhos e instrumentos necessários ao atendimento antes, durante e após o parto.

A Azilda Marreiro mantém 45 leitos de alojamento conjunto, além de UCI e UTI neonatal.

A rede estadual de maternidades é composta, em Manaus, por cinco unidades, com um total de 262 leitos de alojamento conjunto, além de leitos de pré-parto, UTIs e UCIs neonatais e maternas. No interior do Estado, o atendimento materno-infantil é oferecido pelos hospitais, que contam com o serviço de maternidade, incluindo salas de parto, alojamento conjunto e berçários.

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