Banco de Olhos completa oito anos de funcionamento

O Banco de Olhos do Amazonas completa oito anos de funcionamento nesta segunda-feira (07) com um total de 1.206 córneas doadas e 733 transplantes realizados. Somente este ano, entre os meses de janeiro e março, o Banco já recebeu 55 doações e beneficiou 34 pacientes que puderam voltar a enxergar após o transplante de córnea.

Segundo a coordenadora do Banco, Cristina Garrido, no primeiro ano de funcionamento foram contabilizadas 49 doações e em 2011 o banco recebeu 196 córneas. “Nesses oito anos nós fizemos um trabalho de esclarecimento e divulgação e assim fomos aumentando gradativamente o número de doações e conseguimos ultrapassar as mil doações”, comemora.

Cristina ressalta que mesmo com o aumento do número de doações ainda há 390 pessoas inscritas na fila de espera pelo transplante de córnea.

A coordenadora explica que as córneas são captadas a partir de doador falecido para que sejam transplantadas em pacientes cegos ou com deficiências visuais graves. Até seis horas após o falecimento, a equipe do Banco de Olhos pode remover as córneas. Esse procedimento só é realizado mediante autorização da família do doador.

Depois de retirada do doador, a córnea precisa ser utilizada no procedimento cirúrgico que faz a substituição da córnea doente por uma nova em até 14 dias. Cristina ressalta que nem todo o material doado para o Banco está em condições adequadas para ser transplantando em outra pessoa. Para garantir a qualidade do material doado é feita uma avaliação por meio de equipamentos e procedimentos seguros, que seguem as normas nacionais e internacionais de qualidade dos órgãos reguladores.

Entre os procedimentos realizados antes do transplante está a coleta de uma amostra do sangue do doador, que é testada para verificar a presença de doenças transmissíveis, tais como as Hepatites B e C e o HIV. A contaminação por essas doenças e a má qualidade do tecido ótico são os principais motivos que levam ao descarte do material doado.

A diretora do Banco de Olhos explica ainda que a contaminação da córnea pelo uso de lentes de contato sem orientação médica e a perfuração da córnea durante a realização de trabalhos insalubres e em acidentes de trânsito são as principais causas que levam a cirurgia de transplante de emergência no Amazonas, atendidos pelo sistema estadual de saúde.

“Nas nossas estatísticas aparecem muitos jovens que tiveram a córnea perfurada por usarem lentes de contato sem orientação médica e em muitos casos emprestadas de amigos. São pessoas que não precisam nem usar óculos de grau, mas por vaidade, usam as lentes coloridas e desenvolvem graves problemas de visão, somente solucionados ou minimizados através de um transplante”, alerta.

Doações – As doações também são importantes para a realização de pesquisas científicas. Além da córnea, a esclera (parte branca) também pode ser transplantada. As outras partes do olho doadas podem ser utilizadas em pesquisas científicas para novas descobertas.

Conforme a atual legislação brasileira, qualquer pessoa com mais de dois anos de idade pode ser doador de córnea. A doação é decidida pela família que permite o procedimento por meio de um termo de autorização. A escolha da pessoa que vai receber a doação é feita pela ordem de urgência, seguindo a Lista Única de Receptores. A inscrição na Lista é feita pelo médico que acompanha o paciente.

Missa – Para comemorar o aniversário do Banco será realizada uma missa em ação de graça, reunindo os profissionais do Banco de OIhos, familiares dos doadores e receptores de córneas. A missa será celebrada nesta segunda-feira (07), às 19h, na Igreja Nossa Senhora de Nazaré, localizada na rua Recife, 700, Adrianópolis.

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