Campanha deve atingir 385,5 mil crianças

A campanha nacional de vacinação contra a paralisia infantil (poliomelite) deve atingir 385,5 mil crianças de 0 a 4 anos no Amazonas. A 1ª etapa acontece neste sábado (14), quando os postos de vacinação estarão funcionando das 8h às 17 horas nos 62 municípios do Estado. Todas as crianças devem tomar as duas gotinhas da vacina Sabin, que protege contra o poliovírus selvagem, causador da paralisia. A campanha acontece em todo o país e este ano tem como slogan “Tem que vacinar. Não pode bobear”.

Além das unidades básicas de saúde e dos Centros de Atenção Integral à Criança (Caics), pontos estratégicos como supermercados, escolas, igrejas e sedes comunitárias estarão oferecendo a vacina. No total, serão cerca de dois mil postos de vacinação em todo o Estado, envolvendo mais de três mil servidores da saúde e voluntários.

Nas áreas rurais do interior do Estado a vacinação começou há duas semanas e deve se estender por mais 30 dias, para que as comunidades mais remotas e de difícil acesso sejam atingidas e os municípios consigam cumprir a meta de imunização. Em Manaus, as áreas rurais também tiveram antecipação da campanha.

Na capital devem ser vacinadas 178,2 mil crianças e nos demais municípios a vacina deve chegar a 207,2 mil meninos e meninas. Os números correspondem a 95% das crianças menores de cinco, calculados com base em levantamento populacional do IBGE.

A coordenadora estadual do Programa de Imunizações da Secretaria de Estado da Saúde (Susam), enfermeira Izabel Nascimento, diz que todas as crianças devem ser levadas aos postos, mesmo que estejam com o cartão de vacinação completo.

A vacina só deve ser evitada, segundo ela, em casos muito específicos, como os de crianças com hipersensibilidade conhecida a algum dos seus componentes como a estreptomicina ou a eritromicina. Também não devem ser imunizadas as crianças que no passado tenham apresentado qualquer reação anormal à vacina, e aquelas imunologicamente deficientes devido a tratamento com imunossupressores ou por deficiência imunológica congênita.

Izabel informa que as secretarias municipais de saúde foram orientadas a utilizar todos os meios de comunicação e a buscar a parcerias para garantir uma grande mobilização. “Como a paralisia infantil não existe mais no Brasil, os pais estão se acomodando e esquecendo o risco de reintrodução do vírus”, alerta a coordenadora.

De acordo com o Ministério da Saúde, o país registrou o último caso de poliomelite em 1989 e, em 1994, obteve o certificado internacional de erradicação da transmissão autóctone do poliovírus selvagem. As campanhas de vacinação contra a paralisia começaram há 28 anos e vêm sendo mantidas como estratégia de erradicação da doença no mundo. O vírus ainda circula na África e na Ásia. Quatro países são endêmicos para a doença: Índia, Afeganistão, Nigéria e Paquistão.

A segunda etapa da vacinação vai ocorrer no dia 9 de agosto, quando a dose da vacina deve ser repetida.

DADOS GERAIS
METAS:
Amazonas: 385.514 crianças menores de cinco anos em cada etapa (junho e agosto).
Manaus: 178.277 crianças
Demais municípios: 207.237 crianças

LOCAIS E HORÁRIOS:
Unidades básicas de saúde e postos alternativos: das 8h às 17 horas

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