Campanha pede o fim do tabagismo

Com o tema “Ambiente Livre de Tabaco”, a Fundação Centro de Controle de Oncologia (FCecon) lançou ontem mais uma campanha de contra o tabagismo, em comemoração ao Dia Mundial sem Tabaco (31 de maio). A campanha foi aberta pelos secretários de Saúde do Amazonas e de Manaus, Wilson Alecrim e Jesus Pinheiro, respectivamente, e pelo coordenador estadual do Programa Nacional de Controle de Tabagismo e Outros Fatores de Risco do Câncer, cardiologista Aristóteles Alencar.

Material educativo, como folders e cartazes, começaram a ser distribuídos principalmente em escolas, visando o escalrecimento dos estdudantes sobre os males do fumo de cigarros, charutos e todos os produtos do tabaco. A campanha está sendo desenvolvida em parceria com as secretarias estadual e municipal de Saúde , Secretaria de Estado da Educação, Agência Nacional de Vigilância Sanitária e organizações não-governamentais

Causador de inúmeros tipos de câncer atendidos na Fundação Cecon, o tabagismo foi condenado por Aristóteles Alencar, que defendeu a prática ampla e efetiva da Lei Federal 9294/96 que proíbe o fumo em locais fechados. Ele também tratou dos mitos mais difundidos no mundo em relação ao uso do tabaco.

Segundo Aristóteles o primeiro mito é o de que a fumaça ambiental de tabaco consiste apenas em um aborrecimento. “A verdade é que o tabagismo passivo é a terceira causa de morte evitável no mundo, só perdendo para o tabagismo ativo e o consumo excessivo de álcool”, alertou, lembrando que fumantes passivos podem sofrer derrame, desenvolver câncer e enfisema pulmonar em função do vicio de outros.

O segundo mito, segundo o cardiologista é o de que acordos voluntários ofereceriam “a cortesia da escolha” com a possibilidade de acomodar fumantes e não fumantes. “Errado, pois esse acordo ignora as graves conseqüências da fumaça ambiental do tabaco para a saúde do não fumante”.

Aristóteles disse que somente ambientes 100% livres da fumaça do tabaco são saudáveis, apesar da instalação e uso de caros sistemas e equipamentos de ventilação, na tentativa de acomodar pessoas fumantes e não-fumantes nos mesmos espaços fechados, isso não funciona, é caro e não protege o não-fumante. A realidade derruba o terceiro mito, o de que sistemas de ventilação protegem não-fumantes da exposição à fumaça ambiental do tabaco.

Também é errado, segundo Aristóteles Alencar afirmar que ambientes livres de fumaça do tabaco ”nunca serão viáveis”. Ele afirma que ambientes livres do tabaco são amplamente apoiados até por fumantes que não querem que seu vício seja prejudicial a outras pessoas. “ Estudos da comunidade científica provam que a proibição do fumo não traz resultados negativos para os negócios ou para a economia”, diz.

Um dado preocupante citado pelo palestrante foi o aumento no número de fumantes jovens, principalmente meninas, o que torna o uso do tabaco ainda mais grave, uma vez que estudos recentes mostram que as mulheres têm maior dificuldade para abandonar o vício.

Uma das informações positivas citadas por Aristóteles Alencar foi a de que, desde a implantação do Programa Nacional de Controle do Tabagismo pelo Ministério da Saúde em 1987, houve redução significativa no número de fumantes adultos em geral.

De acordo com o acompanhamento que vem fazendo nessa área, o médico acredita que “o mal deve ser atacado pela raiz”, ou seja, o incentivo ao cultivo de bons hábitos deve vir desde o berço. “Já conseguimos perceber mudanças positivas na sociedade brasileira que hoje entendeu que o tabagismo não é um estilo de vida e não representa glamour, mas é, antes de tudo, um fator de adoecimento e mortes prematuras e desnecessárias”.
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