Cirurgia plástica vai beneficiar crianças

A Secretaria de Estado da Saúde (Susam) vai viabilizar cirurgias plásticas reparadoras para aproximadamente 150 crianças e adultos vítimas de queimaduras graves e outros acidentes que resultaram em perda do couro cabeludo e no comprometimento externo de outras partes do corpo, como braços e pernas. As cirurgias serão realizadas no Pronto Socorro da Criança da Zona Oeste e no Hospital Adriano Jorge, e começam após a conclusão do processo licitatório para contratação de equipes da iniciativa privada, uma vez que no Amazonas não há empresa ou profissional credenciado para atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O secretário estadual de Saúde, Wilson Alecrim explica que as cirurgias reparadoras têm o objetivo de minimizar as seqüelas decorrentes dos acidentes e evitar maiores problemas de desenvolvimento, no caso das crianças. Segundo ele, o Estado vem realizando mutirões para atender demandas pontuais, mas já trabalha na estruturação das unidades hospitalares para a oferta do serviço de forma continuada. A concretização deste programa vai depender da existência de profissionais especializados em cirurgia, interessados em atuar no serviço público. “Temos dificuldade pela carência de especialistas na área”, afirma. “Só neste ano estamos na segunda tentativa de licitação. A primeira foi fracassada”, explica. A licitação será aberta no próximo dia 11.

Wilson Alecrim explica que os casos mais comuns encaminhados para a cirurgia plástica reparadora são os de crianças que sofreram queimaduras médias ou graves, com perda de tecidos e músculos. Há uma demanda considerável também de crianças com escalpe, ou seja, perda total ou parcial do couro cabeludo.

O contrato que será firmado pelo Estado para a oferta das cirurgias prevê o atendimento a 12 pacientes por mês e cerca de 96 procedimentos. “Normalmente o paciente é submetido a várias cirurgias diferentes até a conclusão do tratamento, sendo que a média é de oito cirurgias até a recuperação dos defeitos causados pelos acidentes”, explica o secretário. Há casos de um só paciente precisar de mais 10 cirurgias e 15, 20 procedimentos como curativos feitos sob anestesia.

Em um ano a estimativa da Susam é de que sejam feitos mais de 1,1 mil procedimentos em 144 pacientes, a maioria crianças. Os investimentos serão de aproximadamente R$ 480 mil.

Além das cirurgias, a equipe contratada ficará responsável pelas fases de pré e pós-operatório. No pré-operatório será fechado o diagnóstico e estabelecido o número de cirurgias e procedimentos necessários a cada paciente. O pós-operatório será feito com a participação de uma equipe multidisciplinar, encarregada do acompanhamento físico e emocional dos pacientes.

O Pronto Socorro da Criança da Zona Oeste e a Fundação Hospital Adriano Jorge foram escolhidos por serem unidades modernas da rede pública de saúde, com centros cirúrgicos, unidades de terapia intensiva e capacidade para disponibilizar leitos exclusivos para a internação dos pacientes submetidos às cirurgias, além de recursos humanos qualificados para o suporte de atendimento antes, durante e após os procedimentos cirúrgicos.

A ordem de atendimento dos pacientes será feita, de acordo com o secretário de saúde, por prioridade. Cerca de 80 já estão inscritos na Susam e alguns encontram-se internados em uma das unidades hospitalares da rede pública.
Além dos mutirões, realizados em média uma vez por ano, a Susam encaminha pacientes para tratamento fora de domicílio. Só no ano passado, 15 vítimas de acidentes graves viajaram para tratamento em outro estado.

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