Combate à dengue tem reforço nos bairros

Ações de esclarecimento sobre a dengue foram desenvolvidas na manhã de sábado (22/11), como atividade do Dia D para combate à doença. A data, comemorada em todo o país, tem o objetivo de chamar a atenção da população para a necessidade de combater focos do mosquito Aedes aegypti e evitar o crescimento da dengue, principalmente nos meses em que as chuvas se intensificam – no caso do Amazonas, no período de novembro a maio.

Um ponto em cada área geotgráfica da cidade concentrou atividades sócio-recreativas, voltadas para a mobilização da população. Foram promovidas exposições sobre o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, apresentação de vídeos, exibições culturais e serviços de saúde, como vacinação.

As atividades ocorreram simultaneamente na Praça do Prosamim, em Santa Luzia (zona Sul); no Centro de Convivência da Família “Padre Pedro Vignola”, Cidade Nova (zona Norte); no Centro Comercial Campos Elíseos, Planalto (zona Oeste); e Avenida Itaúba, no bairro Jorge Teixeira, zona Leste.

A programação foi coordenada pela Fundação de Vigilância em Saúde e Secretaria Municipal de Saúde (Semsa). Os dois órgão deram início, na última quinta-feira, às atividades da Operação Impacto contra a Dengue, um plano de ações integradas para reduzir os focos de mosquitos e evitar a ocorrência de uma epidemia.

De acordo com a gerente de Educação em Saúde e Mobilização Social, Luciane Freitas, com as atividades do Di D são reforçadas as informações relativas a formas de controle da dengue e de como a população pode colaborar e se proteger, cuidando principalmente dos locais que podem acumular água, como depósitos e lixo.

Infestação – O mais recente levantamento da Fundação de Vigilância em Saúde mostrou que oito dos 55 estratos (bairros e localidades) mapeados na capital apresentam alto risco de contaminação por dengue.

Outros 35 estratos também apresentam risco, embora o índice de infestação seja menor – superior a 1% e menor que 5%. Em 13 localidades, o risco é baixo.

Os recipientes predominantes nos bairros que apresentam risco de infestação são os de armazenamento doméstico como tonéis, tambores, barris, filtros e potes e o lixo doméstico, composto por garrafas, plásticos e latas, além de sucatas e entulhos de construção.

Risco – De acordo com o Ministério da Saúde, o Amazonas está entre os estados brasileiros onde há risco de uma epidemia de dengue. O Estado tem os três sorotipos em circulação e poucos casos registrados nos últimos anos, o que coloca a população em situação de maior vulnerabilidade. Além disso, a proximidade e o grande fluxo de pessoas com a Venezuela trazem o risco de introdução do vírus 4 da dengue, já em circulação naquele país.

De janeiro a outubro deste ano foram registrados 7.906 casos, sendo que 90% ocorreram somente entre janeiro e abril. As reduções foram significativas a partir de maio, quando houve 452 notificações. Em junho e julho foram menos de 150 casos por mês e em outubro houve apenas três casos confirmados, apontando redução de 90% em relação ao segundo semestre do ano passado.

Operação Impacto será realizada até maio

A Operação Impacto contra a Dengue, coordenada pelo Governo do Amazonas, em parceria com a Prefeitura Municipal de Manaus e apoiada pelas Forças Armadas, Corpo de Bombeiros e órgãos da indústria e do comércio, deve acontecer até maio, quando termina o períopdo de chuvas no Estado.

A Operação prevê medidas de prevenção em cinco frentes prioritárias: combate ao mosquito Aedes aegypti na fase larvária e adulta; recolhimento de lixo e entulhos; educação em saúde e mobilização da população; e controle de empreendimentos de risco. Serão atingidos todos os bairros de Manaus com prioridade para os que apresentam maiores índices de infestação de mosquitos e maior número de casos da doença. No total, as ações irão abranger 111 mil imóveis localizados nas áreas de risco, onde residem ou trabalham 490 mil pessoas.

As ações serão intensificadas em dezembro para que a cidade esteja preparada para o período de intensificação das chuvas. É neste período que as águas se acumulam e os mosquitos se desenvolvem, aumentando as chances de transmissão da dengue.
Além dos agentes de endemias, a Operação vai contar com militares das Forças Armadas e Corpo de Bombeiros, no total de 420 pessoas envolvidas diretamente nas ações de campo. Devem ser aplicados somente nos custos operacionais do plano aproximadamente R$ 300 mil.

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