Combate à Hanseníase tem programação especial
Para lembrar o Dia Mundial de Combate à Hanseníase, comemorado no último domingo de janeiro, a Fundação Alfredo da Matta (Fuam) prepara dois dias de mobilização, alertando a população para a importância do diagnóstico precoce e o tratamento da doença.
As ações começam nesta quinta-feira (26), quando, entre as 7 e as 12 horas, técnicos da Fundação visitam o terminal de ônibus do bairro de São José (T5), na Zona Leste de Manaus para distribuição de material informativo sobre a Hanseníase. A ideia é chamar a atenção da população sobre a doença e orientar para que as pessoas visitem, regularmente, um serviço de saúde mais próximo de sua residência para exames dermatológicos.
Já no dia 27 a programação se concentrará na Fundação Alfredo da Matta, durante todo o dia. A instituição estará de portas abertas para intensificação de exames dermatológicos com o objetivo de identificar casos suspeitos de Hanseníase.
A equipe de Serviço Social fará palestras sobre a doença para usuários e esta também será uma data simbólica para que os pacientes de hanseníase tragam seus familiares para exames dermatológicos. “É importante que os comunicantes – familiares – dos pacientes façam exames de pele regularmente”, lembra a chefe do Departamento de Controle de Doenças da Fundação Alfredo da Matta, Valderiza Pedrosa. “Essa já é uma rotina para pacientes e seus familiares, mas precisamos sempre reforçar essa informação para que as pessoas não deixem de fazer esse acompanhamento”.
Hanseníase caiu 70% no Amazonas nos últimos 20 anos
Série histórica dos coeficientes de detecção da Hanseníase no Amazonas mostra que o número de casos caiu de 69,46 por 100 mil habitantes em 1989, para 20,26 casos por 100 mil habitantes em 2010, o que representou uma redução de 70,8%.
O Amazonas mantinha-se como “hiperendêmico” até 2002, segundo parâmetros do Ministério da Saúde (quando o coeficiente é de 40,0 casos por 100 mil habitantes), mas já a partir de 2003, com uma diminuição do coeficiente, passou para o parâmetro “muito alto” (de 40,0 a 20,0 casos por 100 mil habitantes).
No Estado, em 2010, foram detectados 706 casos novos da doença, destes, 277 (39,2%) eram residentes de Manaus e 429 (60,8%) residentes em outros 51 municípios. Dados parciais de 2011 apontam 565 casos novos, sendo 262 residentes de Manaus e 303 dos municípios do interior. “Apesar dos números, ainda não é possível afirmar que houve queda dos novos casos da doença no Estado”, afirma Valderiza Pedrosa. “Os dados ainda não estão fechados e alguns municípios forneceram apenas dados parciais”, completa.
Atendimento na Fundação Alfredo da Matta
A Fundação Alfredo da Matta é uma das unidades de Referência no tratamento da Hanseníase. Os pacientes de demanda espontânea ou referenciados por outras unidades de saúde como suspeita de hanseníase são atendidos na instituição, realizando novos exames dermatológicos, exames laboratoriais para confirmação e tratamento da doença.
Na instituição, recebem medicamento gratuito e acompanhamento de equipe multidisciplinar pelo tempo de tratamento que inclui, além do atendimento médico, apoio de enfermagem, fisioterapia e assistência social. Familiares de pacientes também são convidados para exames dermatológicos periódicos. “Um de nossos maiores objetivos é o diagnóstico precoce da hanseníase para que haja interrupção na cadeia da doença para diminuição de casos e, principalmente, dos casos de incapacidades físicas provocadas pela hanseníase não tratada”, afirma o diretor técnico da Fuam, Luiz Cláudio Dias.
Na Fuam há ainda um serviço de prevenção de incapacidades físicas, com atividades de prevenção às deformidades que a doença pode causar, através de exercícios, ações de autocuidado e adaptação de calçados.
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