Comitê vai definir ações de vigilância na fronteira

O Comitê Estadual de Controle da Influenza A (H1N1) define, nesta quinta-feira (7), com as autoridades de saúde dos municípios da tríplice fronteira – Brasil, Colômbia e Peru – estratégias de vigilância para a região. Dois encontros serão realizados durante o dia. O primeiro reunirá os secretários municipais de Tabatinga, Atalaia do Norte e Benjamin Constant e as equipes técnicas das áreas de vigilância epidemiológica, assistência e vigilância de portos e aeroportos. A segunda terá a participação dos representantes peruanos e colombianos.

De acordo com o presidente do Comitê Estadual, Evandro Melo, os três municípios brasileiros serão orientados a implantar todas as ações do plano de contingência estabelecido para a região de fronteira, em complemento à vigilância de barcos e aeronaves que desde o início da semana vem sendo feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Com os representantes da Colômbia e do Peru, o Comitê quer traçar estratégias para garantir a vigilância na fronteira terrestre (Tabatinga-Letícia), aéreas e hidroviárias e para assegurar o monitoramento de todos os casos identificados nos dois territórios. A proposta do Comitê é que todos os casos notificados nos dois países sejam informados à Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS/AM). Na região há intenso trânsito de pessoas via terrestre e fluvial, o que amplia a possibilidade de introdução do vírus H1N1 na fronteira. Barcos e aviões devem ser inspecionados com protocolos semelhantes aos utilizados pelo Amazonas. No aeroporto de Letícia, a abordagem de passageiros precedentes do exterior também deve ser realizada com o padrão adotado aqui. A FVS está entregando à Colômbia 10 mil folhetos explicativos, em edição trilingue (português, espanhol e inglês) com orientações aos passageiros que estiveram em áreas afetadas pela doença.

Para os municípios brasileiros as novas ações incluem desde o processo de notificação de casos suspeitos até o manejo de possíveis doentes da Influenza A. Material para coleta de amostras para exames e equipamentos de proteção individual fazem parte do material que o Comitê está colocando à disposição dos técnicos para o treinamento das equipes locais. A exemplo do que foi feito no nível estadual, os municípios devem manter os Comitês locais, com sub-comitês para coordenar ações em áreas específicas, como a assistência aos pacientes e a vigilância epidemiológica. Devem participar da reunião com o Comitê Central cerca de 70 profissionais de Tabatinga e mais 50 de Benjamin Constant e Atalaia do Norte.

Na tarde da última terça-feira, representantes dos três municípios participaram de uma videoconferência promovida pelo Comitê Central para discutir assuntos relativos à doença. Outros 39 municípios, que não eram o foco da reunião, também participaram do encontro, tirando dúvidas sobe a Influenza A.

O Amazonas está desde o último domingo (3) sem caso suspeito ou sob monitoramento para Influenza A. No total cinco pessoas foram monitoradas no Estado a partir do dia 28 de abril, mas todos os casos foram descartados para a doença.

O trabalho de vigilância continua no aeroporto Internacional Eduardo Gomes – que recebe quatro voos internacionais – e nos portos, onde chegam barcos e navios procedentes do exterior. O procedimento visa identificar pacientes que apresentem febre e tosse, acompanhadas ou não de outros sintomas da gripe, para que possam ser monitorados.

Profissionais das unidades de saúde da rede pública e privada do Estado receberão novo treinamento nos próximos dias 11 e 12. Desta vez a capacitação dera para 400 médicos e enfermeiros da rede pública e privada, com foco especial no manejo de pacientes com sintomas da Influenza A.

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