Controle da dengue entrará na segunda fase

A Operação Impacto de Controle da Dengue, desenvolvida de forma integrada pelo Governo do Estado e Prefeitura de Manaus, entra em uma nova etapa a partir do próximo dia 26. As ações de educação, limpeza e combate ao mosquito transmissor, intensificadas a partir de novembro do ano passado com o lançamento da primeira fase do plano de controle, para esta temporada estarão focadas agora em 31 estratos (bairros ou conjunto de bairros) identificados como de alto risco para transmissão da doença.

Detalhes da Operação, que conta com o apoio do Corpo de Bombeiros e Forças Armadas, além de órgãos da indústria, comércio e construção civil, foram discutidos na tarde desta segunda-feira, durante reunião coordenada pelos secretários de saúde Agnaldo Costa (do Estado), Francisco Deodato (do município) e pelo diretor presidente da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS), Evandro Melo.

Agnaldo Costa informou que o trabalho de prevenção tem como principal objetivo evitar uma epidemia de dengue. “Manaus oferece condições ambientais e epidemiológicas para isso e o desafio é superá-las”. De acordo com ele, esta segunda etapa da Operação vai até o dia 30 de abril, quando as Secretarias e órgãos envolvidos no combate farão uma nova avaliação.

Apesar do registro de 8 mil casos de dengue em 2007, o Amazonas não enfrenta epidemia desde 2001, quando ocorreram quase 20 mil casos da doença. “Os números devem cair neste ano, considerando que em janeiro do ano passado tivemos mais de 1 mil casos e no mesmo período deste ano, apenas sete”, avalia Agnaldo Costa.

As estratégias de controle da Operação Impacto são combate ao mosquito Aedes aegypti na fase larvária e adulta; recolhimento de lixo e entulhos; educação em saúde e mobilização da população; e controle de empreendimentos de risco. Além dos 31 bairros prioritários, as ações serão desenvolvidas em todos os bairros que apresentaram índice de infestação predial superior a 1% (um imóvel com criadouro de dengue em 100 imóveis visitados). No total, as ações irão abranger 315 mil imóveis (80% residenciais) e uma população de 1,2 milhão de pessoas.

Estarão envolvidos diretamente nas ações aproximadamente 1,5 mil técnicos de saúde e militares. Além deles darão apoio ao plano de controle trabalhadores da indústria, comércio e construção civil, professores e estudantes da rede pública e privada, além dos servidores das áreas de meio ambiente e limpeza urbana.
Devem ser aplicados somente nos custos operacionais desta etapa do plano aproximadamente R$ 300 mil.

31 estratos apresentam risco elevado de transmissão
As áreas prioritárias para o controle da dengue nesta segunda fase foram definidas a partir dos resultados do último Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), realizado pela FVS durante a primeira quinzena de janeiro.
O estudo mostrou que 31 estratos (bairros e localidades) mapeados na capital apresentam alto risco de contaminação por dengue. Estes locais têm índice de infestação predial (imóveis onde foram encontrados depósitos com condições propícias ao desenvolvimento das larvas do mosquito) superior a 3%. A situação mais grave foi encontrada na Cidade Nova (Nossa Senhora de Fátima I, Núcleo 23 e Amazonino Mendes I e II) e na Colônia Antônio Aleixo, onde os índices são maiores que 8%.
Os recipientes predominantes nos bairros que apresentam risco de infestação são os de armazenamento doméstico de água como tonéis, tambores, barris, filtros e potes e o lixo doméstico, composto por garrafas, plásticos e latas, além de sucatas e entulhos de construção.
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