Curso Básico de Vigilância Ambiental (CBVA)

Inicialmente estão sendo capacitados 45 profissionais da Susam e secretarias municipais de saúde, educação e meio ambiente de Humaitá, Manicoré, Coari, Iranduba, Urucurituba, Parintins, São Gabriel da Cachoeira, Tapauá, Manacapuru e Itacoatiara. Estes técnicos serão multiplicadores das informações e sistematização do trabalho de vigilância ambiental.

O curso é uma das estratégias para a descentralização das ações de vigilância em saúde nos 62 municípios do Amazonas, onde está sendo implantado o Sistema Nacional de Vigilância Ambiental em Saúde (Sinvas) para o monitoramento e controle de qualquer mudança ao meio ambiente que possa causar danos à saúde é um dos principais instrumentos para coleta de dados que possam subsidiar a tomada de decisão para combate de doenças endêmicas da região. A meta é implantar o sistema imediatamente nos 19 pólos regionais e até 2006, em todos os municípios do Estado.

A secretária de Saúde, Leny Passos, explicou durante a abertura do evento, nesta segunda-feira (dia 18), que a implementação da Vigilância Ambiental em Saúde no Amazonas é um avanço e que o monitoramento e controle de uma variedade de problemas ocasionados pelo desequilíbrio do meio ambiente irão permitir a articulação dos diversos níveis de gestão e a construção de indicadores mais precisos para subsidiar as ações de prevenção e controle.

“O primeiro passo para a implementação do Sistema é a capacitação dos profissionais”, ressaltou a palestrante e técnica da Coordenação-Geral de Vigilância Ambiental em Saúde da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde, Márcia Barbosa. “Para o desenvolvimento desta área no Amazonas o recurso para isso já está garantido”, disse. A definição dos primeiros municípios do Amazonas a participar do curso levou em conta, principalmente, o nível de gestão e de organização em que se encontram no sistema local de saúde, incluindo a certificação para a Gestão de Ações de Vigilância em Saúde e o potencial para atuarem como pólos multiplicadores.

O diretor-presidente do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), José Lúcio Rabelo, citou como exemplo de ação de vigilância em saúde o recente trabalho de parceria com a Susam no monitoramento dos tanques de psicultura clandestinos que, sem o amparo ambiental e com procedimentos de funcionamento definidos, contribuíam para o aumento da malária. “O Ipaam trabalha agora em conjunto para definição do trabalho para se evitar as doenças endêmicas na construção do gasoduto Coari-Manaus”, disse Lúcio Rabelo.

A engenheira ambiental da Susam, Rocilene Silva, explicou que o curso conta com a participação de instrutores do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Bahia, Aracajú, Ceará e Minas Gerais, visando a troca de experiências e dos resultados em trabalhos de vigilância ambiental. O curso tem duração de 80 horas e é dividido em dois módulos, sendo que o segundo módulo acontecerá de 29 de novembro a 3 de dezembro.