Estado inaugura em maio Banco de Olhos do Amazonas

Para inaugurá-lo, o Governo do Estado investiu em instalações adequadas às normas nacionais e internacionais de qualidade e segurança e em treinamento de pessoal. Os equipamentos, em torno de R$ 100 mil, foram garantidos por convênio federal.

Fazem parte da equipe credenciada, sete médicos oftalmologistas e seis técnicos, que estão em fase final de treinamento. A partir da inauguração, as equipes irão trabalhar em sistema de sobreaviso 24 horas para atender às chamadas da Central Nacional de Capitação e Doação de Órgãos do Amazonas (CNCDO-AM).

A secretária estadual de Saúde, Leny Passos, disse que o Banco de Olhos é uma conquista do Estado, viabilizada pelos Governos Federal e Estadual. “Para implantá-lo precisávamos de investimentos em infra-estrutura, equipamentos, e principalmente, em pessoal especializado”, disse a secretária. “Para colocar o Banco em funcionamento, o Estado precisou atender às exigências estruturais e técnicas, incluindo treinamento, para realização das coletas e dos transplantes”. Em Manaus, existem quatro clínicas e oito oftalmologistas credenciados pelo Ministério da Saúde, para a realização de transplantes de córnea.

A oftalmologista, Cristina Garrido, responsável pelo Banco de Olhos, ressalta que para a realização do transplante, a família do doador cadáver deve entrar em contato com o Banco, a partir da inauguração deste. Uma equipe será deslocada até o local onde está o doador, com material adequado para a remoção das córneas. Para realizar o procedimento é exigido, assim como em qualquer outra forma de transplante, autorização da família. “Todas os familiares do doador cadáver devem concordar, sendo que somente um responsável assina o termo de doação. Duas testemunhas também assinam, dando maior validade ao documento”, explica Cristina.

Após a remoção, as córneas são armazenadas em uma câmara úmida, preparada com antibiótico, para preservação, a quatro graus centígrados negativos. A avaliação das condições para transplantes é feita pela equipe levando em conta edemas, dobras, sinais de infecção ou cirurgia prévia. O tempo de conservação é de até 14 dias. Dentre as condições para o transplante, está a coleta de sangue do cadáver (doador), para exames de hepatite B e C, e HIV. O resultado positivo para um destes testes é considerado contra-indicação absoluta para o transplante.