Estado terá plano operativo para reduzir mortalidade infantil

O Plano Operativo para redução da mortalidade infantil no Amazonas deve ser concluído nesta quarta-feira (20) após realização de uma oficina de trabalho coordenada pela Secretaria de Estado da Saúde (Susam) em parceria com o Ministério da Saúde. A elaboração do Plano é um dos instrumentos para alcançar as metas de redução de mortes de crianças menores de 1 ano nos 62 municípios do Estado, entre os anos de 2009 e 2010. O Amazonas faz parte dos estados da Amazônia Legal e do Nordeste Brasileiro que assinaram com o Governo Federal o pacto que para enfrentamento das desigualdades regionais, especialmente na atenção à saúde da criança e da mulher.

O secretário estadual de Saúde, Agnaldo Costa, destaca que o Estado optou pela duplicação da meta proposta pelo Ministério da Saúde, devendo alcançar neste e no próximo ano redução igual a 10% nas taxas de mortalidade infantil. Segundo ele, ao longo dos últimos sete anos o Amazonas adotou um conjunto de ações que permitiram transformar o perfil de atendimento às gestantes e recém-nascidos na capital e no interior do Estado, e garantir reduções graduais nas mortes maternas, infantis e neonatais (crianças menores de 28 dias).

Segundo o secretário, devem compor o Plano Operativo ações que visam, entre outras melhorias, a ampliação e adequação da rede de assistência, fluxo adequado de atendimento, a expansão das unidades de coleta de leite humano, atenção às urgências obstétricas, maior qualificação das equipes técnicas para o atendimento à gestante e recém-nascido de alto risco e criação de novas unidades de cuidados especiais (UTIs e UCIs).

As ações atendem a seis eixos de trabalho que incluem Qualificação para o pré-natal, parto e recém-nascido; qualificação profissional; Gestão da Informação; Vigilância do Óbito Infantil; Fortalecimento do Controle Social, Mobilização e Comunicação; e Produção de Conhecimentos e Pesquisas.

De acordo com a coordenadora estadual do Programa de Saúde da Criança, Katherine Benevides, os municípios prioritários para a redução dos índices de mortalidade infantil no Estado são Borba, Coari, Itacoatiara, Maués, Parintins, São Gabriel da Cachoeira, Tabatinga, Tapauá e Tefé. Em Manaus, onde estão concentrados os procedimentos de média e alta complexidade, também serão realizadas diversas ações estratégicas para a assistência da mulher e da criança.

Entre as ações propostas pela Susam estão a ampliação em 10% da cobertura da Estratégia Saúde da Família; o funcionamento de 43 leitos de UTI neontal nas maternidades Ana Braga, Balbina Mestrinho, Alvorada, Moura Tapajós e no Complexo 28 de Agosto; a criação de dois novos bancos de leite humano, sendo um na maternidade Balbina mestrinho e um na Moura Tapajós e mais dois postos de coleta; e adesão de 100% das maternidades públicas à Iniciativa Hospital Amigo da Criança, título já adquirido pelas cinco maternidades estaduais.

Outra ação estratégica, segundo a coordenadora, é a garantia, no pré-natal, de vínculo com o local de parto, além da qualificação para identificação e encaminhamento das gestantes e recém-nascidos de risco, e implementação da estratégia de telessaúde para apoiar as equipes de Atenção Básica e Hospitalar. Katherine Benevides destaca, ainda, a elaboração de estratégias para fixação de profissionais no interior do Amazonas.

A Oficina de Trabalho para a conclusão do Plano Operativo vai ocorrer no auditório da sede da Susam, na avenida André Araújo, 701, Aleixo, entre 9h e 16h30. Participam do evento dez técnicos do Ministério da Saúde, profissionais do Amazonas nas áreas de atenção básica, saúde da criança, mulher e adolescente, urgência e emergência hospitalar, habilitação de leitos de UTI e UCI, Samu, regulação de leitos, gestão do trabalho, controle social e vigilância epidemiológica, além de representantes da capital, dos comitês estaduais de Mortalidade Materna e Infantil e do Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems).

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