EUA vão apoiar controle da malária

As ações de controle da malária no Amazonas ganharão o reforço do governo americano, por meio da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid). A Agência fará investimentos de aproximadamente 300 mil dólares em um ano, para apoiar os programas de treinamento, educação em saúde para as populações em risco, supervisão, monitoramento e avaliação, além de doar 35 mil mosquiteiros, no valor aproximado de 250 mil dólares para distribuição a populações que residem em área de risco de transmissão da doença no estado.

O memorando de entendimento para cooperação foi assinado no último sábado (09/08) pelo governador Eduardo Braga e pela administradora da Usaid, Henrietta Fore.

De acordo com Braga, o acordo vai apoiar as ações integradas, definidas pelo Plano Plurianual de Prevenção e Controle da Malária, elaborado pelo Governo em 2007, cujo objetivo é reduzir em 70% os casos da doença até 2010, com quedas progressivas. “É emblemática a presença da USAID na Amazônia brasileira porque é a primeira vez que os Estados Unidos irão desenvolver uma ação concreta contra a malária nesta região, a exemplo do que já é feito na África”.

Eduardo Braga destacou que o uso de mosquiteiros é uma das estratégias do plano de prevenção da malária no Estado e que a estimativa é de que o uso do equipamento nas áreas de maior risco de transmissão seja responsável por 20% do total de redução dos casos. Segundo ele, os 35 mil mosquiteiros obtidos com a cooperação irão complementar a distribuição de 50 mil unidades já programadas pelo Governo do Estado para este primeiro ano. “Queremos que essas quantidades sejam distribuídas anualmente e fomos informados pela USAID sobre o interesse na continuidade da parceria até 2010”.

A cooperação está aliada à Iniciativa Contra Malária na Amazônia (AMI), uma parceria entre nove países da região amazônica patrocinada pela USAID, tendo como objetivos vigilância, controle de vetores e combate à resistência às drogas usadas no tratamento da malária. Nos últimos sete anos a USAID destinou mais de $ 20 milhões de dólares para essa iniciativa.

“Os Estados Unidos têm admiração pelo compromisso para com o controle da malária e a competência técnica dos profissionais de saúde do estado do Amazonas,” afirmou a administradora da USAID.

Malária caiu mais de 30% no Amazonas

Dados da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM) mostram que no primeiro semestre deste ano, a redução de casos de malária no Amazonas em relação ao mesmo período do ano passado chegou a 35,2%. Na capital, a queda foi mais acentuada, 45,3%.
A redução, de acordo com o secretário de estado da Saúde, Agnaldo Costa, deve-se às ações integradas do Plano de Controle da Doença, desenvolvidas com prioridade nos 40 municípios com maior incidência da malária e que juntos respondem por 94% do total de casos registrados no Amazonas.
Segundo Agnaldo, a meta para este ano é chegar a no máximo 140 mil casos. “Mas o histórico de casos aponta para uma redução ainda maior. De janeiro a junho foram registrados 61,6 mil casos, menos da metade”, avalia. Para 2009, a previsão é de que a doença não ultrapasse os 84 mil casos e em 2010 a malária deve cair para 58 mil casos.
Impacto – O diretor presidente da FVS, Evandro Melo, disse que para alcançar as metas, o governo planejou novas estratégias de impacto, inéditas no Brasil, das quais faz parte a distribuição dos mosquiteiros impregnados com inseticida, para proteção individual dos que moram em áreas de alto risco.

De acordo com o diretor, a rede de diagnóstico e tratamento também está sendo ampliada e em áreas remotas a FVS já está utilizando o método de diagnóstico rápido, que dispensa o uso do microscópio e permite resultado imediato. “Para a locomoção ao longo dos rios, o Governo entregou aos agentes de saúde 2.500 motores de popa, além de equipamentos e insumos necessários ao controle e prevenção da malária, dando amais agilidade ao diagnóstico, à prevenção e ao tratamento”.

Evandro ressalta que o Plano é desenvolvido em parceria com os municípios e com o governo federal, o que permite o desenvolvidos de planos operacionais integrados, incluindo o manejo ambiental e melhorias nas condições das moradias.
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