FMT discute riscos de infecção pela bactéria E.coli

A disseminação da bactéria Escherichia coli (E.coli) foi discutida nesta quarta-feira (08) em seção científica da Fundação de Medicina Tropical Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD). Atualmente, 2,2 mil pessoas já foram infectadas pela bactéria em 12 países. Até hoje, foram registradas 12 mortes na Europa e existem quatro pacientes infectados nos Estados Unidos. Ainda não existe nenhum caso relatado no Brasil.

De acordo com o infectologista da FMT-HVD, Marcelo Cordeiro, a possibilidade de a doença vir para o Amazonas é praticamente nula, pois ela é transmitida através de alimentos como tomate e alface. “O país não importa esses alimentos de países da Europa, onde a doença está concentrada”.

O médico disse ainda que o primeiro sintoma da doença é uma forte dor abdominal, seguida por diarréia que dura em média uma semana. “Aproximadamente 10% das pessoas infectadas apresentam um agravamento no quadro cerca de 10 dias depois da melhora da diarréia. A partir desse estado, o paciente apresenta sérios problemas renais”, afirmou. De acordo com as estatísticas, dos 10% dos pacientes que contraem a forma mais grave da doença, metade morre antes da conclusão do tratamento. “A outra metade fica com muitas sequelas, inclusive cerebrais”, esclareceu o especialista.

Ainda não existe nenhuma recomendação do Ministério da Saúde às pessoas que vão viajar para a Europa. “O ideal é que eles continuem tomando cuidados básicos de higiene, como lavar sempre bem as mãos”, afirmou Marcelo. Ele recomendou ainda que pessoas que chegaram da Europa e apresentem algum dos sintomas da doença devem procurar imediatamente uma unidade de saúde.