FMT-HVD ganha destaque no 58º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

Pesquisadores da Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado receberam reconhecimento e destacaram-se em diversas categorias durante o evento

(FOTO: Divulgação/ SES-AM)

A Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), unidade vinculada à Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM), recebeu quatro premiações durante o 58º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (MedTrop). O evento, que aconteceu entre os dias 10 e 13 de setembro, em Salvador (BA), reuniu profissionais e pesquisadores da área de saúde tropical e foi palco de reconhecimento para os cientistas da instituição.

Um dos destaques da FMT-HVD no evento foi a aluna Yanka Rodrigues, que conquistou o primeiro lugar no prêmio jovem pesquisador. A premiada teve a orientação da pesquisadora da FMT-HVD, Camila Bôtto. Seu trabalho, que aborda a infecção pelo vírus Zika em mulheres grávidas e a transferência de anticorpos para o feto, impressionou os avaliadores e mostrou a excelência da pesquisa realizada na instituição.

A pesquisadora e orientadora de três, dos quatro projetos premiados, Gisely Melo, destacou a importância da presença da FMT-HVD no congresso. A instituição apresentou e defendeu mais de 17 projetos durante o evento.

“Isso destaca a boa representatividade da instituição no evento. Nós tivemos quatro alunos premiados no jovem pesquisador, além de apresentações orais e de trabalhos em banners”, disse a pesquisadora.

Outra premiada da FMT-HVD foi a pesquisadora Amanda Carvalho de Oliveira, que conquistou o terceiro lugar na categoria mestrado. Amanda explicou a relevância de seu estudo, que busca compreender como mutações genéticas podem influenciar na terapia com antimaláricos, abrindo caminho para a medicina de precisão.

“Essa premiação é mais do que reconhecimento, é uma motivação para continuar contribuindo com a comunidade científica. Minha linha de pesquisa é malária, e meu trabalho consiste em entender melhor como mutações genéticas podem influenciar na terapia com antimaláricos. Uma possível terapia melhor para cada pessoa é um campo que chamamos de medicina de precisão, que traz como foco o tratamento individualizado”, pontuou a pesquisadora.

Na categoria de graduação, a aluna Manuela Crispim conquistou o terceiro lugar com seu estudo sobre a influência de polimorfismos genéticos em pessoas com malária tratadas com Primaquina. A graduanda faz parte de um grupo de pesquisa sobre farmacogenética, que investiga como a carga genética de pacientes com malária pode interferir no tratamento e na escolha do medicamento adequado.

Manuela, destacou que seu estudo de pesquisa foi realizado com base na sua realidade vivida no município em que cresceu. “Sempre tive vontade de trabalhar com pesquisa e ser cientista pela realidade que eu cresci. Sou do interior do Amazonas, nascida e criada em São Gabriel da Cachoeira, então a malária sempre foi uma realidade para mim. Ter essa oportunidade de estudar, pesquisar e trabalhar com algo que atinge diretamente os meus familiares é muito gratificante”, ressaltou.

A pesquisadora Erika Gomez Martinez foi outro destaque da FMT-HVD ao conquistar o segundo lugar na categoria doutorado com seu trabalho sobre o monitoramento da infecção de mosquitos por malária. Sua pesquisa envolve coletar amostras de sangue de pacientes em intervalos determinados e alimentar grupos de mosquitos com esse material para posterior análise.

A venezuelana que deixou seu país para ser “doutora”, destaca as dificuldades que encontrou para desenvolver seu projeto e enfatiza a importância do prêmio para sua carreira.

“Este prêmio é apenas o começo da minha jornada de pesquisa científica, ainda mais em um país que não é o meu de origem, e isso significa que todo o meu esforço de três anos, e durante uma pandemia, valeu muito a pena, estou extremamente feliz. Espero também continuar contribuindo com a ciência aqui no Brasil”, finalizou emocionada.

A participação da FMT-HVD no 58º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical não apenas elevou o nome da instituição, mas também demonstrou o compromisso de seus pesquisadores com avanços significativos na medicina tropical. O reconhecimento conquistado por esses talentosos cientistas é um testemunho de seu comprometimento e dedicação à pesquisa científica de alto nível.