FMT informatiza sistema e extingue prontuários em papel

Sistema iDoctor permite a consulta dos prontuários a partir de terminais de computadores instalados em todos os setores da Unidade

A Fundação de Medicina Tropical do Amazonas (FMT/AM) já está utilizando o sistema integrado de gestão hospitalar iDoctor em todos os setores da instituição. Em média, 80% dos procedimentos realizados pela Fundação já são informatizados. Além de modernizar o acesso ao banco de informações da unidade, o programa extinguiu os prontuários de papel, substituindo os envelopes armazenados na instituição por prontuários digitalizados.

Para os usuários, um dos principais benefícios trazidos pelo sistema foi a eliminação das filas para a marcação de consultas e recebimento de exames. Segundo o diretor-presidente da FMT/AM, Sinésio Talhari, o iDoctor agilizou o atendimento do paciente e a obtenção de uma série de dados.
As informações são atualizadas nos prontuários eletrônicos e podem contribuir muito para o desenvolvimento de pesquisas e o combate imediato de doenças.

O software de gestão hospitalar começou a ser implantado há quase três anos, por meio de parcerias com a Fundação Desembargador Paulo Feitoza e a Nokia do Brasil, e agora está em fase de final de implantação. Com esse suporte tecnológico, os médicos realizam, por exemplo, consultas sobre disponibilidade de leitos na unidade.

De acordo com o gerente de informática da FMT/AM, Marcos Sabóia, os médicos também podem utilizar os computadores de cada ambulatório e área hospitalar para efetuar as anotações sobre a consulta do paciente e prescrições. Todo o histórico daquele paciente está gravado em arquivos digitais e todo e qualquer médico tem acesso imediato às informações, explica.

Dos ambulatórios, os médicos marcam, via iDoctor, os exames, sem a necessidade de o usuário ter que ir ao balcão. Esta prática diminuiu consideravelmente o tempo de espera dos pacientes, que não enfrentam mais filas no saguão da Fundação.

Ao serem liberados pelo setor de laboratório da FMT/AM, os resultados dos exames ficam disponíveis digitalmente aos médicos. “Eles ainda podem consultar o estoque das farmácias de modo a facilitar a prescrição de um medicamento”, explica o diretor de Ensino, Pesquisa e Controle de Endemias da instituição, Silas Guedes.

O software iDoctor

De acordo com a assessoria de comunicação da Fundação Desembargador Paulo Feitoza, o software foi desenvolvido na linguagem de programação Java e utiliza uma tecnologia de Certificado Digital (Assinatura Digital), ou seja, permite aos médicos e/ou responsáveis assinar virtualmente o prontuário eletrônico, de forma segura, pessoal e intransferível, conferindo responsabilidade e legalidade comprovada.

A Fundação ainda explicou que o iDoctor funciona por meio de um banco de informações em um sistema intranet (rede interna) de onde é possível extrair dados sobre os diversos níveis administrativos. Esse sistema de gestão hospitalar é formado por vários módulos que vão desde
atendimento ambulatorial, laboratórios e farmácias até o departamento financeiro, o estoque, etc. Além disso, ainda possui link de comunicação com os sistemas dos governos estadual e federal.

Segundo Alexandre Cruz, que faz parte da equipe que desenvolve os projetos da  Fundação Paulo Feitoza, o iDoctor é um dos primeiros do país desenvolvido em total conformidade com as normas do Conselho Federal de Medicina e da Sociedade Brasileira de Informática, que em breve terá certificação oficial.

Alexandre explica que os dados referentes ao sistema serão armazenados em um equipamento robusto (com desempenho e qualidade muito superiores aos computadores domésticos), que utiliza mecanismos de cópia de segurança permanente. Os prontuários serão sempre copiados e o risco de perda será mínimo, assinala.