FMT treina médicos estrangeiros em malária
Como parte da meta de aproximação entre países, a partir da cooperação técnica, cultural e científica adotada pelo Governo Federal, a Fundação de Medicina Tropical do Amazonas (FMT/AM) realizou um treinamento específico para lidar com a Malária. Desde o dia 26 de novembro, 12 profissionais da saúde, entre médicos epidemiologistas e enfermeiros, estiveram presentes na própria sede da FMT para o treinamento, que foi concluído na manhã desta quinta-feira (6). Estes profissionais vieram de países como Benin, Camarões, do continente africano, além de Colômbia, Peru e Espanha.
Dentre os médicos africanos, esteve presente o assessor técnico do Ministério da Saúde de Benin, Germain Dansi, que enfatizou sobre a importância de ter participado deste evento. “A malária está no cotidiano de nossos países. Para se ter uma idéia do quanto a situação em Benin é grave, 40% das crianças menores de 5 anos de idade são vítimas de malária todos os anos”, afirma. As mulheres grávidas, segundo ele, também são outra parcela significante como alvo da doença.
Para o médico Paul Ayelo, de Benin, a visita a Manaus possibilitou adquirir diversos conhecimentos a respeito do combate à malária. “Em termos de clima e epidemiologia, temos praticamente a mesma realidade. Pudemos entender como esse assunto é trabalhado aqui na região. Nosso grande compromisso agora, ao voltar aos nossos países, é de poder adaptar essa troca de experiência às nossas realidades no diagnóstico e tratamento da malária”, afirma.
A médica Odille Charlotte Tchekountouo, da República de Camarões, diz que a vinda ao Brasil, especificamente a Manaus, fez com que percebesse os esforços de outros países em controlar o avanço da doença. “Não somos os únicos em nossas pátrias a nos deparararmos com o grande desafio de eliminar, ou pelo menos melhorar, cada vez mais o tratamento da malária. É importante não desistir de lutar”, diz.
Emmanuel Forlack, médico africano atuante também em Camarões, acredita que os principais pontos sobre a malária foram discutidos e abordados com propriedade durante o treinamento. “Viemos de países onde a morbidade e a mortalidade são altas nesta questão. Pudemos ver, em duas semanas, todos os aspectos necessários para melhorar nosso sistema de saúde, como o clínico, ou seja, o diagnóstico da doença, sintomas etc”, informa. A questão laboratorial também foi ressaltada por ele, bem como a entomologia, isto é, o estudo do vetor, que são os mosquitos.
O treinamento em malária foi realizado pela FMT/AM, com apoio do Departamento de Ensino e Pós-Graduação (Depog) e da Gerência de Malária, ambos da própria Fundação. A FMT/AM foi solicitada a cooperar com o treinamento aos visitantes estrangeiros, a convite da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), do Ministério da Saúde.
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