Francisca Mendes alerta para a prevenção da morte súbita

No Brasil, a cada 2 minutos uma pessoa morre em decorrência da morte súbita, ocasionada por problemas do coração, segundo a Sociedade Brasileira de Arritmia Cardíaca (Sobrac). Por ano, são 300 mil brasileiros acometidos pelo mal, que atinge com maior frequência homens entre 45 e 75 anos, e que pode ser evitado com diagnóstico e tratamento precoce das arritmias cardíacas.

Para alertar sobre o problema e incentivar as medidas de prevenção, nesta sexta-feira, dia 11, o Hospital Universitário Francisca Mendes realiza, pelo segundo ano, a campanha nacional “Coração na Batida Certa”. Entre 8h30 e 11 horas, cardiologistas do Hospital estarão no Parque Municipal do Idoso, informando os freqüentadores e visitantes do local sobre medidas para proteger o coração. Ao mesmo tempo, profissionais de saúde terão uma manhã de palestras de atualização sobre o tema.

A programação é aberta a todos os interessados em saber mais sobre os problemas cardíacos e sobre o atendimento de urgência a uma vítima. No local, haverá a simulação de um atendimento a uma pessoa com parada cardio-respiratória, incluindo as etapas de chamada ao Samu, reanimação cardiopulmonar e uso do desfibrilador, tarefas que podem ser realizadas por populares antes da chegada do serviço de saúde e que podem ser essenciais para evitar o morte. A ação antecede o Dia Nacional de Prevenção de Arritmias Cardíacas e Morte Súbita, celebrado em 12 de novembro.

De acordo com o diretor geral do Francisca Mendes, Pedro Elias de Souza, o Hospital, que integra a rede de unidades da Secretaria de Estado da Saúde (Susam), é o único do setor público a participar da campanha no Norte do país. “A unidade conta com ambulatório de Eletrofisiologia e realiza exames de alta complexidade para tratar e diagnosticar focos de arritmias cardíacas, por isso foi escolhida pela coordenação de mobilização nacional”, explica.

O cardiologista eletrofisiologista do Francisca Mendes, Jaime Arnez, destaca que a campanha é um evento pontual, mas capaz de trazer um enorme benefício para os que adotarem rotineiramente as dicas de prevenção sugeridas durante o evento.

A campanha “Coração na Batida Certa” é coordenada em todo o Brasil pela Sociedade Brasileira de Arritmia Cardíaca. De acordo com o órgão, a arritmia cardíaca já é considerada uma epidemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Ritmo do coração – As arritmias cardíacas são alterações elétricas que alteram o ritmo do coração. Podem ser do tipo taquicardia (o coração acelera) ou braquicardia (o coração bate mais lentamente). Há também as arritmias caracterizadas pelas batidas irregulares do coração. Os principais sintomas são cansaço, palpitações ou tonturas, mas o problema pode ser assintomático. Em qualquer dos casos, as arritmias podem levar à morte súbita, que está no grupo das doenças cardiovasculares, hoje responsáveis por 60% das mortes no mundo, à frente de outras doenças crônicas, como o diabetes e as neoplasias (pulmão e câncer).

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, a melhor forma de evitar as arritmias é adotar práticas de alimentação saudável, exercícios físicos, evitando o tabagismo e o consumo excessivo de álcool. O sedentarismo e a hipertensão são o principal foco de atenção. Também é preciso estar atento a outros fatores de risco que não se pode interferir, como a hereditariedade, reforçando nestes casos, as medidas de prevenção e controle.

Problema também afeta jovens e atletas

As arritmias cardíacas, embora mais comuns a partir dos 45 anos, também atingem jovens saudáveis e até atletas. De acordo com a Sociedade Brasileira de Arritmia Cardíaca (Sobrac), um exemplo clássico de que uma arritmia pode levar à morte súbita é o caso do jogador Serginho, do São Caetano do Sul, que morreu durante uma partida de futebol, em 2004.

Mais recentemente, a jogadora da Seleção Brasileira de Vôlei Feminino, Dani Lins, foi diagnosticada com arritmia cardíaca, decorrente de uma virose – provavelmente uma miocardite, ou seja, infecção do músculo do coração.Tratada e observada, a atleta teve o problema superado e voltou à prática desportiva.

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