Fumantes terão programa público para deixar o vício
Estudos nacionais demonstram que apenas 3% dos fumantes conseguem deixar de fumar sem ajuda de tratamento médico e que 80% das pessoas viciadas em nicotina desejam se livrar do vício. No Amazonas, não há estudos conclusivos sobre o assunto, mas a Secretaria de Saúde do Governo do Amazonas (Susam) estima que cerca de 30% da população acima de 17 anos seja fumante. Para dar suporte aos que têm a intenção de deixar o cigarro, será implantado, até o final do ano, o primeiro Ambulatório do Fumante na Policlínica Codajás, onde o paciente receberá gratuitamente atenção de uma equipe multidisciplinar composta por pneumologistas, nutricionistas, enfermeiras, assistente social e psicólogo. O paciente também receberá medicamentos de apoio ao tratamento.
O primeiro passo para a implantação do Ambulatório do Amazonas foi feito ontem (21), com a abertura do treinamento de profissionais de saúde para o programa “Ajudando seu Paciente a Deixar de Fumar”, realizada nesta quinta-feira (dia 21), no auditório da Policlínica Codajás.
A secretária de saúde, Leny Passos, ressaltou durante a abertura do treinamento, que o tabagismo é um problema de saúde pública. “É um programa inédito no Estado, viabilizado pelas parcerias com o Governo Federal, através do Instituto Nacional do Câncer, Fundação Cecon e o engajamento das três policlínicas estaduais onde o serviço estará disponível”. A secretária disse que o programa deve ser estendido em 2005 para as policlínicas Zeno Lanzini e Antônio Aleixo, ambas na zona Leste. “O objetivo é promover a vida, pois o tabagismo provoca inúmeras doenças, inclusive o câncer. O primeiro passo já estamos dando e esperamos que esse núcleo de disseminação de informações seja expandido”, disse Leny.
A diretora da Policlínica Codajás, Joselita Nobre, disse que os primeiros 30 profissionais capacitados pelo treinamento em tabagismo estarão capacitados a ajudar aquelas pessoas que desejam deixa o cigarro mas que ainda não encontraram, sozinhas, o caminho. “Usando de um chavão, nós que trabalhamos direto com o paciente, podemos afirmar realmente que a prevenção é o melhor remédio. Agora, antes mesmo que o fumante desenvolva doenças mais sérias, ele terá apoio do poder público”.