FVS descarta morte por dengue hemorrágica

A Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) descartou nesta segunda-feira que a morte da agente da Polícia Federal e ex-jogadora de hóquei, Daniela Barbosa, tenha sido causada por dengue hemorrágica. A responsável pelo Departamento de Vigilância Epidemiológica da Fundação, Rosemary Costa Pinto, informou que durante o período de internação de Daniela em uma unidade de saúde da rede privada, em Manaus, foram realizados quatro testes sorológicos para dengue, e os resultados foram negativos. “Além disso, a paciente não apresentava outros critérios associados à dengue”, afirmou.

Segundo Rosemary, o corpo da agente foi submetido à necropsia na Fundação de Medicina Tropical, que deve emitir, no prazo mínimo de 30 dias, o laudo histopatológico, indicando o que pode ter causado o quadro de hemorragia que levou Daniela à morte. Ela foi internada no último dia 12, com hemorragia pulmonar grave e morreu no dia 14. “A hipótese inicial era dengue, mas a evolução do quadro e os exames descartaram essa hipótese”, relatou o médico infectologista Marcelo Cordeiro, que acompanha o caso . Além da investigação sorológica para dengue, foram feitas quatro lâminas para malária e todas apresentaram resultado negativo, o que eliminou também um possível diagnóstico de malária grave.
A FVS informou que foram preservadas amostras de sangue para encaminhamento a laboratórios de referência nacional. Os especialistas trabalham com a possibilidade de que Daniela fosse portadora de uma doença não infecciosa ou que tenha sido vítima de uma doença viral exótica, transmitida por vírus raro.
Com o retorno da família à Manaus, após o enterro da agente no estado de Pernambuco, a FVS vai dar continuidade à investigação epidemiológica. Serão colhidas informações sobre a movimentação de Daniela nos últimos meses e sobre os ambientes freqüentados por ela. Alguns dados já foram passados aos técnicos da Fundação, incluindo a ida da ex-jogadora e seu marido ao quilômetro 12, da estrada AM 010, que liga Manaus ao município de Itacoatiara, onde o casal foi praticar tiro ao alvo, permanecendo por pouco mais de 1 hora e meia. “Todas as informações são importantes para a investigação de fatores que possam ter sido a causa da doença e da morte da paciente”, destacou Rosemary.
Controle – De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Susam), o Amazonas não registrou nenhum caso de morte por dengue hemorrágica este ano e os números de dengue clássica são quase 50% menores que os registrados no mesmo período do ano passado. Dados do Ministério da Saúde mostram que o Estado é o quarto do país com a menor quantidade de registros de dengue.
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