FVS fará campanha de vacinação no garimpo

Nos próximos dias 28 e 29, a Secretaria de Estado da Saúde (Susam) fará uma campanha de vacinação contra febre amarela e tétano, no garimpo ‘Eldorado do Juma’. O objetivo é vacinar todos os que estão vivendo na área e evitar epidemias. A ação será coordenada pela Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) e executada pelas equipes de vacinação dos municípios de Apuí e Novo Aripuanã.

O diretor presidente da FVS, Evandro Melo, informou que a necessidade de imunizar a população do garimpo foi definida depois dos resultados preliminares do levantamento da fauna entomológica (de insetos), realizado no local por técnicos do órgão, da Fundação de Medicina Tropical do Amazonas (FMT-AM) e das gerências de endemias de Apuí e Novo Aripuanã.

O estudo mostrou a presença de mosquitos do gênero Flebotomo, transmissor da leishmaniose, nas barracas utilizadas pelos garimpeiros, principalmente no final da tarde e início da manhã. Também foram encontrados no local mosquitos de gênero Haemagogus e Sabhetes, que transmitem a febre amarela silvestre.

Além de estarem expostos a essas doenças, os garimpeiros podem contrair tétano, já que durante a garimpagem também se expõem a cortes e ferimentos. “Diante dessa realidade, estão sendo tomadas todas as medidas possíveis de prevenção, o que inclui a vacinação”, afirma Evandro.

Como não existe vacina para evitar a leishmaniose, os trabalhadores estão sendo alertados sobre os riscos e os sintomas da doença, para que façam o diagnóstico e, em caso positivo, comecem imediatamente o tratamento.

Malária – Em relação à malária, o estudo dos técnicos do Estado apontou para a presença do mosquito transmissor, o Anopheles darlingi, no Porto do Gama. O porto dá acesso ao rio Juma e passou a ser considerado de potencial malarígeno. No local, já foi instalado um posto de diagnóstico e tratamento da malária e iniciado o primeiro ciclo de termonebulização espacial com inseticida (fumacê). Na área de garimpagem, não foram encontrados mosquitos da malária, o que pode ser explicado pela ausência de água limpa e parada, indispensável à reprodução do vetor.

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