FVS vai ampliar rede de diagnóstico

A Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) vai implantar, até o final deste ano, mais 200 laboratórios para o diagnóstico de malária no Amazonas. As unidades irão funcionar em áreas rurais, áreas indígenas e assentamentos, localizadas no interior do Estado e poderão realizar o exame em apenas 30 minutos.

Os microscópios, principal ferramenta para o funcionamento das unidades, já começaram a ser entregues aos 32 municípios contemplados nesta etapa. De última geração, os equipamentos podem funcionar a partir de energia elétrica, solar ou com o suporte de baterias e por isso poderão ser instalados mesmo onde não há rede formal de energia. Com os novos laboratórios chegarão a quase 1 mil o número de postos de diagnóstico de malária no Estado. Para 2009 estão previstos mais 300 unidades.

O diretor presidente da FVS, Evandro Melo, explica que a ampliação da rede de diagnóstico é uma ação prevista no Plano Plurianual de Controle da doença e terá o apoio dos municípios, por meio dos Programas Agentes Comunitários de Saúde e Saúde da Família. Os agentes municipais de saúde foram treinados e serão os responsáveis pela coleta de lâminas e entrega de resultados aos moradores da localidade que atendem. Para viabilizar o teste da malária, um microscopista também foi integrado às equipes dos programas de atenção básica.

De acordo com Evandro, o objetivo dos novos laboratórios é facilitar o acesso ao diagnóstico da população que vive em áreas remotas ou ainda não atendidas por unidades básicas de saúde. “Quanto mais precoce o tratamento, mais rapidamente se bloqueia a cadeia de transmissão da malária”, destaca. Os agentes também farão a entrega dos medicamentos e o acompanhamento do paciente até a cura. “Um novo exame será feito no final do tratamento para atestar que a malária realmente foi curada”.

Além de identificar malária, os microscópios adquiridos pela FVS serão utilizados para detectar leishmaniose, doença de chagas e microfilária. Futuramente também será feito o diagnóstico de tuberculose. O diagnóstico dessas doenças dependia dos laboratórios das sedes municipais ou da capital, o que exigia vários dias entre a coleta e a entrega do resultado. “Agora, com o teste feito em apenas 30 minutos, o tratamento vai começar significativamente mais cedo nas áreas mais remotas, o que certamente trará um grande impacto para a redução dos casos de malária no interior”, acredita Evandro Melo.

Do total de laboratórios, 146 serão instalados em áreas ribeirinhas, 56 em áreas indígenas distribuídas em 14 municípios e seis em assentamentos, localizados nos municípios de Lábrea e Itacoatiara.

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