Governo vai negociar fora da greve
O secretário executivo de Saúde do Estado, Plínio César Coelho, afirmou na tarde de hoje (14/03), após reunião com a Comissão de Negociação Intersindical dos servidores da Saúde, que há disposição para o diálogo, “desde que não haja greve”.
Ele afirmou que a situação dos enfermeiros, por exemplo, é diferente da dos médicos, que obtiveram reajuste recente, “porque o salário destes estava na média nacional, enquanto o daqueles está muito acima”. Logo, segundo Coelho, os parâmetros não podem ser os mesmos.
Plínio Coelho substituiu o secretário Wilson Alecrim na reunião, uma vez que este se encontra em Brasília, participando de reuniões no Ministério da Saúde. Ele tinha em mãos uma planilha que comparava os salários pagos no Amazonas com os que são praticados em outros Estados.
O exemplo citado pelo secretário foi o dos enfermeiros de nível superior. “Aqui nós pagamos R$ 2.550,00, enquanto o Rio Grande do Norte paga R$ 1.685,37; Pernambuco paga R$ 1.884,00; Roraima paga R$ 2.045; Minas Gerais paga R$ 1.382,00 e o Pará paga R$ 1.581,00. Estamos, portanto, bem acima da média nacional”, afirmou.
Ainda assim, segundo o secretário, o Estado admite uma negociação e deve apresentar sua proposta, a fim de repor as perdas dos dois últimos anos – o último reajuste aconteceu em 2005. “Só temos que ter cuidado com a Lei de Responsabilidade Fiscal. Não podemos infringi-la”, afirmou.
De acordo com os cálculos feitos pela Secretaria de Estado da Saúde, a proposta apresentada pelos servidores geraria um crescimento de R$ 258 milhões pro ano na folha da Saúde, superando os limites da Lei. “A proposta é impraticável do ponto de vista financeiro”, informou o secretário.