Haitianos conhecem programa de imunização

A Secretaria de Estado da Saúde (Susam) recebe durante esta semana uma equipe de seis profissionais de saúde do Haiti. O grupo está em Manaus desde segunda-feira (21) para conhecer o programa brasileiro de imunizações e, em particular, o sistema de manutenção de vacinas em geladeira abastecida por energia solar, instalada na comunidade de Paricatuba, no município de Iranduba.

A visita faz parte das atividades do programa de cooperação técnica tripartite, firmado entre o Brasil, o Canadá e o Haiti, cujo objetivo é o desenvolvimento de ações que visam fortalecer o programa público de vacinação haitiano.

O primeiro compromisso da equipe foi conhecer o sistema de armazenamento, controle e distribuição de vacinas executado pelo Estado, além de visitar salas de vacina. Nesta quarta-feira, os técnicos receberão treinamento sobre manutenção e reparo de geladeiras solares usadas para conservação de vacinas, e na quinta-feira, fazem visita à Paricatuba, para ver de perto o funcionamento da primeira geladeira do tipo instalada no Amazonas.

Participam da missão internacional o diretor do Programa Nacional de Imunização do Haiti, Élie Piérre Célestin, o especialista em saúde responsável pelo apoio no braço de cooperação canadense, Rudolph Prudent, dois técnicos do nível central da saúde haitiana, as coordenadoras do Programa Nacional de Vacinação do Haiti dos Departamentos Sudeste e Sul e a coordenadora do projeto e brasileiro, ligadas ao programa nacional de imunizações.tripartite.
Eles estão acompanhados por três técnicas do Ministério da Saúde brasileiro, ligadas ao programa nacional de imunizações.

Acesso – De acordo com a equipe técnica haitiana, a Amazônia brasileira e o Haiti são semelhantes em aspectos que têm impacto na oferta de vacinas à população, incluindo o difícil acesso a determinadas regiões e o fornecimento de energia elétrica irregular ou inexistente. Essas dificuldades, no caso do Haiti, concentram-se principalmente nas regiões Sul e Sudeste do país.

O diretor do Programa Nacional de Imunização do Haiti, Élie Piérre Célestin, cita como desafios do governo haitiano na área da imunização o fortalecimento da vigilância epidemiológica e a independência do país na aquisição de vacinas, e também a autonomia na manutenção das geladeiras utilizadas na conservação dos imunobiológicos. Ele destaca que atualmente o governo utiliza, além de geladeiras a gás, geladeiras solares em áreas de difícil acesso, mas não tem auto-suficiência na manutenção e reparo do equipamento. “Dois técnicos estão no Amazonas especificamente para aprender essas técnicas”.

Segundo ele, a equipe também quer levar para o Haiti a experiência brasileira nos processos que garantem segurança na cadeia de armazenamento e distribuição de vacinas e nos sistemas de mobilização e comunicação social, que garantem alta adesão da população ao programa de imunização.

A visita dos haitianos ao Brasil começou na semana passada, quando o grupo conheceu, no Rio de Janeiro, a Central de Armazenamento de Imunobiológicos (Cenadi) e o Biomanguinhos, laboratório estatal que fabrica boa parte das vacinas utilizadas no país. Antes de chegar a Manaus os técnicos visitaram também os setores ligados ao Programa Nacional de Imunizações, em Brasília.

Brasil deve doar 1,2 milhão de doses
de vacina contra Hepatite B

O Haiti deverá introduzir a vacina contra Hepatite B no calendário oficial de vacinação. A medida pode ser viabilizada a partir da doação de 1,2 milhão de doses de vacina produzidas pelo Brasil e que devem ser repassadas ao governo haitiano. De acordo com o diretor do Programa Nacional de Imunização do Haiti, Élie Piérre Célestin, a proposta é vacinar grupos específicos da população, incluindo profissionais do sexo, profissionais de saúde, estudantes do ensino médio, membros da Polícia Nacional do Haiti, presidiários e doadores de sangue permanentes.

Atualmente o governo do Haiti oferece cinco tipos de vacina (no Brasil são 23) para a população infantil e para mulheres que têm entre 15 e 49 anos. Adolescentes e homens adultos não são contemplados com o programa público.

A técnica do Ministério da Saúde, Sirlene de Fátima Pereira, que acompanha a equipe de haitianos ao Amazonas, destaca que o governo brasileiro tem interesse em renovar o acordo de cooperação técnica para viabilizar os avanços necessários ao programa de imunização haitiano.

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