Hospital do câncer fica pronto em novembro
O novo prédio da Fundação Centro de Oncologia (Cecon) fica pronto em novembro deste ano. No térreo, onde a construção e o acabamento estão totalmente prontos, começam a funcionar já em agosto os principais serviços ambulatoriais, de diagnóstico e tratamento, que deixam de funcionar na antiga estrutura para oferecer mais conforto e comodidade aos pacientes. O funcionamento pleno da unidade está marcado para daqui a 12 meses. O anúncio foi feito pelo secretário de Estado da Saúde, Wilson Alecrim em visita à unidade, na manhã de ontem (20). Ele disse que cerca de 70% das obras físicas de um total de nove andares já estão concluídas e que os investimentos na unidade podem chegar a R$ 70 milhões, garantindo que ela tenha a melhor estrutura para tratamento do câncer na América Latina.
Durante a visita, o secretário apresentou o cronograma de conclusão de todas as fases da obras e detalhou que a primeira etapa de transferências vai contemplar as áreas de Fisioterapia, Coleta, Transfusão, Serviço Social, Ambulatório, Quimioterapia, Medicina Nuclear, Endoscopia e Setor de imagens. Estas áreas, que serão instaladas no andar térreo, são consideradas a porta de entrada para diagnosticar e tratar o câncer. Nos demais andares funcionarão as áreas de internação, cirurgia, laboratórios e administração.
Dentre as melhorias oferecidas pela nova estrutura, Alecrim destacou que 15 boxes de Quimioterapia vão permitir que os pacientes utilizem o serviço no sistema de hospital dia. “Ou seja, não será preciso internar os pacientes apenas para que recebam medicação, o que é vantagem já que eles não entram na área de risco de infecção hospitalar e nem ficam no sistema de internação formal, onde o contato com a família é restrito”, explica o secretário.
Wilson Alecrim também chamou atenção durante a visita para o Setor de Imagens do órgão, que será totalmente modernizado, com a aquisição de oito equipamentos, dentre os quais um de ultrassonografia, um tomógrafo helicoidal, um mamógrafo de alta resolução com estereotaxia e mamotomia. Nesta área, haverá ampliação do diagnóstico, com a instalação também de um moderno equipamento de ressonância magnética.
A nova recepção da Fundação vai oferecer 150 lugares. No setor de Fisioterapia serão três boxes e uma sala de aparelhos. O ambulatório contará com 22 consultórios. Na área de Medicina Nuclear serão seis boxes e uma sala de exames. Para a realização de endoscopia, a unidade passa a oferecer três salas de exames, seis de observação e uma de equipamentos.
Wilson Alecrim diz que com as novas instalações a Fundação Cecon, que é referência no diagnóstico e tratamento do câncer na região Norte, vai mais que triplicar o número de leitos, passando dos atuais 60 para 193 leitos de internação. Na área cirúrgica sobe de cinco para nove a quantidade de salas e a unidade ganha 11 leitos de UTI. Também haverá maior capacidade de recepção e atendimento dos pacientes, além da realização de exames em maior número e resolutividade, com a implementação do setor de imagens que está sendo dotado de equipamentos modernos e de alta tecnologia. O secretário explica que para esta primeira etapa de funcionamento, estão sendo adquiridos 101 itens de equipamentos, macas, cadeiras e instrumental.
Na área de pessoal, a Fundação Cecon também vai crescer. “Realizamos o concurso público e, de acordo com a necessidade vamos chamar novos profissionais”, esclarece. Atualmente o Cecon conta com cerca de 500 servidores.
Cecon realiza 38 mil procedimentos por mês
A Fundação Cecon recebe pacientes com suspeita ou confirmação de câncer de todos os Estados da região Norte e, de acordo com o diretor da unidade, João Baldino, conta com profissionais altamente qualificados para realizar todo o atendimento, do diagnóstico ao tratamento. Na unidade são realizados, em média, 38 mil procedimentos por mês, incluindo consultas, quimioterapia, radioterapia e exames. Em 2004, foi realizado um total de 462 mil procedimentos. Foram internados na área cirúrgica 1,8 mil pacientes. Para tratamento clínico foram 587 internações de adultos e 200 de crianças.
Baldino informa que os tipos de câncer com maior incidência no Estado são, em primeiro lugar de colo uterino e, em segundo, de mama, nas mulheres. Nos homens são os de pulmão, estômago e próstata, nesta ordem.