Malária cai, mas números continuam altos
De acordo com dados da Fundação de Vigilância em Saúde, no mês de junho a malária caiu mais de 50% em relação a janeiro deste ano. As informações são relativas a todo o Amazonas e mostram que a redução é a mais expressiva dos últimos dois anos. O total de registros de janeiro a junho foi de 86 mil casos de malária, conforme o Sistema de Vigilância Epidemiológica (Sivep). No ano passado, no mesmo período, ocorreram 71,5 mil casos no Estado.
O ano começou com números elevados se comparado com os meses anteriores, mas a articulação com os municípios e a intensificação das ações de controle na capital garantiram a redução progressiva dos registros nos primeiros seis meses do ano, conforme avaliação da Fundação. Em Manaus os números caíram no primeiro semestre. Foram 30,9 mil registros nos primeiros seis meses de 2004 e 28,5 no mesmo período deste ano. “Temos uma oscilação na ocorrência de casos e apesar de reduções pontuais os números ainda estão muito elevados”, disse o secretário Wilson Alecrim.
O secretário acrescentou que em Manaus as áreas de maior risco de transmissão da malária continuam sendo as zonas Leste e Oeste, onde as invasões e os desmatamentos vem contribuindo para a manutenção das condições de proliferação do mosquito transmissor. “Sabemos que o adoecimento por malária tem, por trás de si, o problema social da necessidade da habitação e da exploração indevida do solo. Ou seja, são problemas que estão em outra esfera, mas que acabam atingindo frontalmente a Saúde”, alerta o secretário.
As ações para controlar a densidade do mosquito transmissor nas áreas de maior risco envolvem termonebulização (fumacê), borrifação intradomiciliar e aplicação de biolarvicida nas margens de rios, igarapés e locais de água parada, realizadas simultaneamente ou em períodos distintos dependendo da localidade e das condições ambientais. Para o trabalho estão sendo usadas também nove lanchas que percorrem principalmente as coleções de águas da região do Tarumã, uma das que apresentam maior risco de contaminação.