Maternidade lança projeto de arborização

Os três anos de atividades da maternidade Ana Braga, localizada na zona Leste de Manaus, foram comemorados hoje pela manhã (10/05) com o lançamento do projeto “Plante o Futuro”, por meio do qual serão distribuídas mudas frutíferas a cada bebê nascido na unidade. A iniciativa tem o objetivo de reforçar, junto às famílias dos recém-nascidos, a importância da arborização da cidade e da proteção ao meio ambiente.

Durante o evento comemorativo, que inclui apresentação do Coral da Ana Braga e realização de um culto ecumênico, foram entregues as primeiras dez mudas do projeto. Cada uma trazia o nome do bebê presenteado. “As mudas devem ser cultivadas nos quintais ou em locais públicos do bairro onde a família do recém-nascido mora”, explicou a diretora administrativa da Ana Braga, Adelaide Setúbal. Todos os meses devem ser distribuídas entre 700 e 750 mudas. O número correspondem à média de nascimentos na unidade. A entrega será acompanhada de orientações sobre os cuidados com o plantio.

Uma das primeiras mães contempladas com o “Plante o Futuro” foi a jovem Suziane Maia da Silva, 17, mãe de gêmeas. Ela recebeu duas mudas de carambola que deverão crescer no quintal de casa junto com as meninas Thais e Thaissa, nascidas há dois dias na maternidade.

O secretário executivo de Assistência à Capital, da Secretaria de Estado da Saúde (Susam), Arnoldo Andrade, destacou que a qualidade de vida tem total relação com o meio ambiente e que a idéia do projeto Plante o Futuro é contribuir com as novas gerações. “Desejamos que essas crianças cresçam mais preparadas para respeitar e viver em harmonia com a natureza e dessa forma tenham mais saúde”.

O projeto é resultado de uma parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), que será responsável pelo preparo e repasse à Ana Braga das mudas de até 50 espécies frutíferas, incluindo o açaí, carambola e o cupuaçu, típicas da região amazônica.

Além de contribuir com a arborização da cidade, o projeto tem o objetivo de incentivar s mães a registrar seus filhos no cartório da maternidade, uma vez que a planta é entregue junto com a certidão de nascimento. “Atualmente dos cerca de 700 bebês que nascem na maternidade todos os meses, apenas 150 saem com o registro, sendo que este é um serviço gratuito, oferecido dentro da própria unidade”, informa a diretora administrativa, Adelaide Setúbal.

Inserido nas ações de humanização dos serviços da Ana Braga, o projeto “Não sou visita, sou seu filho”, também foi lançado ontem, durante as comemorações de aniversário. Por meio do projeto, os filhos maiores poderão visitar suas mães e conhecer o novo irmão. O projeto será desenvolvido em parceria com o Programa Amigos da Saúde e possibilitará o acesso, antes proibido, de crianças a unidade. “Nosso objetivo é tornar o ambiente o mais aconchegante possível para as mães e para os bebês. Assim a criança que ficou em casa poderá vir até a maternidade conhecer o novo integrante da família”, conta a diretora.

Maior maternidade pública do Amazonas

A Ana Braga é a maior maternidade pública do Estado e já realizou mais de 23 mil nascimentos desde que foi inaugurada pelo Governo do Estado, em maio de 2004. A unidade, que tem capacidade para realizar até quatro partos simultaneamente, possui 90 leitos de alojamento conjunto e também oferece serviços essenciais e de apoio, que incluem desde a Unidade de Terapia Intensiva até os albergues para alojar as mães de bebês que precisam de internação após o parto. Em média, a cada mês são realizados, 700 partos.

De acordo com o balanço apresentado pela unidade, durante três anos de trabalho foram contabilizados mais de 90 mil atendimentos entre partos, curetagens e atendimentos ginecológicos.

O diretor geral da Ana Braga, médico Agnaldo Costa, informou que dos mais de 90 mil atendimentos realizados pela unidade nos últimos três anos, 35 mil foram de internações, sendo que 75% são referentes a partos, 20% a curetagens e 5% de atendimento ginecológico.

A Maternidade Ana Braga é referência para atendimento de gravidez de alto risco com funcionamento 24 horas.

A maternidade foi inaugurada com 45 leitos, e logo em seguida ampliou seus serviços, chegando aos atuais 90 leitos de alojamento conjunto, 18 leitos de pré-parto, 15 unidades de cuidados intermediários (UCI) neonatais, 10 unidades de terapia intensiva (UTI) neonatais e 5 leitos de UTI materna, além de 16 albergues, onde as mães permanecem enquanto aguardam a recuperação dos bebês prematuros internados na unidade. As mães nesta situação participam de cursos de corte e costura, bordado e confecção de artesanato.

Além dos serviços próprios, a maternidade Ana Braga ainda abriga o Banco de Leite Humano do Amazonas, que representa, de acordo com o secretário de estado da saúde, Wilson Alecrim, uma das estratégias suplementares para a redução da mortalidade neonatal no Estado.

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