Ministro da Saúde inaugura UBS Fluvial em Borba

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e o secretário estadual de Saúde, Wilson Alecrim, inauguraram em Borba (distante 208 quilômetros de Manaus), no sábado (12), a Unidade Básica de Saúde Fluvial Igaraçu, que atenderáaproximadamente 12 mil pessoas que vivem em 230 comunidades ribeirinhas daquele município do sul do Estado. A meta do Ministério da Saúde é que, até 2014, 64 unidades do tipo estejam reforçando a oferta de serviços de saúde nas áreas de mais difícil acesso da Amazônia Legal e do Pantanal.

A unidade é resultado de investimentos da ordem de R$ 2 milhões (incluindo a construção e os equipamentos) e é a primeira do País financiada com recursos do Programa de Construção de Unidades Básicas de Saúde Fluviais, criado no final de 2011 pelo Ministério da Saúde (MS).

De acordo com o secretário Wilson Alecrim, que representou o governador Omar Aziz na solenidade de inauguração, outros 16 municípios do Estado já apresentaram projeto ao Ministério para obtenção dos recursos desse programa: Autazes, Barreirinha, Careiro, Humaitá, Itamarati, Lábrea, Manacapuru, Pauini, Tonantins, Uarini, Anamã, Beruri, Careiro da Várzea, Novo Aripuanã, São Gabriel da Cachoeira, São Paulo de Olivença.Destes, dois já estão com os projetos aprovados: Pauini e Careiro.

Na solenidade de inauguração, Alecrim salientou os investimentos realizados pelo Governo do Amazonas para prover os municípios do interior do Estado de uma estrutura mais adequada, com destaque para a área de saúde. No caso de Borba, por exemplo, citou a inauguração do Hospital Regional Vó Mundoca, em junho de 2011, unidade que passou a ser referência para o atendimento também dos municípios de Novo Aripuanã e Manicoré. “Entre os municípios brasileiros com menos de 50 mil habitantes, seguramente Borba tem, hoje, uma das melhores estruturas de atendimento em saúde”, frisou o secretário.

Atenção diferenciada – O ministro Alexandre Padilha tem destacado que as populações da Região Amazônica necessitam de uma política diferenciada, destinada a ampliar e qualificar o acesso aos serviços de saúde. Muitas vezes, observa o ministro, para chegar a um hospital convencional, o paciente passa dias viajando, normalmente de barco, até o local de atendimento. Com as Unidades Básicas de Saúde Fluvial as comunidades ganham em agilidade e qualidade de vida. “Muito se fala em preservar a Amazônia. A melhor maneira de fazer isso é assegurar que milhões de brasileiros e brasileiras que vivem em suas comunidades, sobretudo as mais remotas, tenham qualidade de vida”, disse o ministro.

Além do programa que prevê o financiamento para construção das unidades de saúde fluviais, em julho do ano passado o Ministério publicou portaria estabelecendo critérios para que as UBSFs também possam se credenciar para receber repasse mensal de recursos, destinado ao custeio de despesas. De acordo com Padilha, para a unidade de Borba deverão ser repassados R$ 50 mil mensais.

Estrutura -Na UBSFluvial serão oferecidas consultas de pré-natal e puericultura (acompanhamento do crescimento e desenvolvimento de crianças), odontológicas, clínica geral e atendimentos de enfermagem, além de serviços como inalação, vacina e exames laboratoriais básicos. A UBSF contará ainda com ambiente para armazenamento e dispensação de medicamentos, cabines com leitos para toda a equipe de atendimento embarcada, cozinha, entre outros espaços.

Reconhecimento – Na solenidade de sábado, três equipes da Estratégia Saúde da Família da Prefeitura de Borba receberam a certificação máxima do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ), por terem avaliação acima da media nacional, conforme os indicadores apurados pelo programa do Ministério da Saúde.

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