Número de casos de dengue caiu 82% no Estado
A redução, de acordo com o diretor de Vigilância em Saúde, Evandro Melo, é resultado dos trabalhos de vigilância e de educação em saúde, realizados em parceria com as comunidades, médicos e agentes de saúde da família e principalmente com as escolas municipais e estaduais.
Segundo Evandro, as ações de educação em saúde realizadas junto à população são as principais estratégias utilizadas no combate à dengue. “A população já está se sensibilizando sobre sua participação no controle de endemias, não só a dengue, mas também malária e outras doenças”, diz. Como o mosquito da dengue é urbano e se adapta com muita facilidade, aproveitando qualquer recipiente que acumule o mínimo de água para desenvolver suas larvas, o diretor afirma que sem o apoio da população não seria possível controlar a doença e reduzir os índices de maneira sistemática como vem acontecendo.
Este ano já foram realizadas cinco mobilizações sociais contra a dengue, como a desta quarta-feira (dia 29), no bairro Nova Floresta, onde residem 6,3 mil pessoas. Uma passeata reuniu mais de mil crianças e adultos de sete escolas municipais do bairro, além dos agentes de saúde da família e representantes reliogiosos, para conscientizar a população sobre os cuidados para evitar focos de transmissão da dengue. Levantamentos da Susam, feitos em domicílios e áreas próximas de residências do bairro para avaliar a densidade de larvas, mostraram que em 11,4% deles havia algum foco do mosquito transmissor da dengue.
O levantamento realizado pela Susam atingiu 3.497 pontos no Nova Floresta. Do total de criadouros encontrados na região, 90% estavam nos domicílios ou áreas adjacentes. “É comum os focos estarem nas residências, quintais e terrenos abandonados, onde se acumulam latas, frascos, embalagens plásticas e garrafas, depósitos preferidos pelo Aedes aegipty para sua reprodução”, explicou a coordenadora de educação em saúde da Susam, Delta Segadilha que disse, ainda, que a mobilização teve início há 15 dias com palestras educativas nas escolas do bairro.
A estudante Priscila Teresa Pereira, de 9 anos, além de integrar a passeata também participou da exposição sobre dengue e malária montada na igreja católica Nossa Senhora da Conceição. “Acho importante além de participar aprender sobre como se prevenir contra a dengue. Vi os ovos do mosquito e vou falar com a minha mãe para ver se temos no nosso quintal”, disse Priscila.