Oficina de Planejamento de Currículos das Escolas Técnicas
Manaus está sediando a 1.ª Oficina de Planejamento de Currículos das Escolas Técnicas do SUS. Até o dia 17, estão reunidos cerca de 90 representantes de instituições de saúde e de educação das regiões Norte, Nordeste, e de alguns estados do Sul do Brasil.
O evento é promovido pela Secretaria de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde, por meio do Projeto de Profissionalização dos Auxiliares de Enfermagem (Profae), do Ministério da Saúde e tem como objetivo dar continuidade ao processo de criação e implantação das Escolas Técnicas.
A secretária de Estado da Saúde, Leny Passos, participou da mesa de abertura da Oficina, comprometendo-se a encarar o desafio da criação das escolas visando a qualificação de cerca de 10 mil auxiliares e técnicos de enfermagem do Amazonas.
A gerente geral do Profae, Leila Gottems, diz que o objetivo é capacitar, em quatro anos, 225 mil atendentes de enfermagem que exercem suas atividades nos serviços de saúde sem qualificação profissional necessária. Segundo ela, dados do Ministério dizem que somente no Amazonas é necessário qualificar, ou requalificar, cerca de 10 mil profissionais. “O Ministério da Saúde tem como meta ter uma Escola Técnica do SUS em cada estado. Atualmente o Brasil possui 26 escolas em 18 Estados. A região Norte e a Nordeste não têm nenhuma”, disse Leila.
Ena Galvão, consultora técnica do Profae, disse que o momento é de discutir o currículo voltado para a construção de competências profissionais em cada região. “Iremos trabalhar junto aos gestores do SUS, como as secretarias de saúde, para apoiar técnica e financeiramente o processo de implantação das escolas”, disse a consultora.
PROFAE – O Profae tem como meta capacitar, em prazo de quatro anos, cerca de 225 mil atendentes de enfermagem que exercem suas atividades nos serviços de saúde sem a qualificação profissional necessária, de forma que esses trabalhadores possam oferecer aos usuários do sistema de saúde uma assistência humanizada e serviços com maior qualidade, eliminando os riscos a que a população pode ser exposta pela atuação de profissionais sem a devida qualificação.
O Projeto promove ainda a complementação da escolaridade dos trabalhadores que atuam nos serviços de saúde e que não tiveram a chance de concluir o Ensino Fundamental, condição para que ele freqüente o curso de profissionalização. A qualidade do ensino é garantida por supervisão de agências regionais contratadas pelo Ministério da Saúde e comprovada por certificação de competência. O projeto tem um financiamento no valor de US$ 370 milhões, sendo que US$ 185 milhões são oriundos do Banco Interamericano de Desenvolvimento, US$ 130 milhões do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e US$ 55 milhões do orçamento do setor saúde.