Operação Gota alcança região de fronteira

A Operação Gota, realizada pelos Ministérios da Saúde e da Defesa em parceria com estados e municípios, para garantir vacinação em áreas brasileiras de difícil acesso, terá ações no Amazonas até a próxima sexta-feira (29).

Ao longo desta semana estão sendo visitados os municípios de Tabatinga, Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Santo Antônio do Içá, São Paulo de Olivença, Amaturá e Tonantins, localizados no Alto Rio Solimões, próximo à fronteira com o Peru e a Colômbia. A distância da capital para estes municípios varia de 865 km (Tonantins) a 1.138 km (Tabatinga), em linha reta, e a preocupação das autoridades de saúde é garantir que a população da região, principalmente a que vive nas áreas rurais, tenha acesso às vacinas.

Além do Amazonas, a Operação Gota, contempla também os estados do Pará, Acre e Mato Grosso do Sul.

Duas equipes da Secretaria estadual de Saúde, acompanhadas por técnicos do Programa Nacional de Imunizações (PNI) seguiram segunda-feira (25), em avião da Aeronática, para dar início aos trabalhos nos sete municípios. Um barco também está sendo usado para dar suporte ao acesso a Amaturá, Atalaia do Norte, Tonantins e Benjamin Cosntant, que não contam com pista de pouso.

“Vamos fazer supervisão e orientar o trabalho realizado pelos agentes de saúde”, explica a coordenadora estaudal de imunizações, Izabel Nascimento. Neste momento, em função da campanha nacional, o foco é a vacinação contra a rubéola, feita por meio da vacina Dupla Viral, que também protege contra o sarampo. Segundo Izabel, os que vivem nos países vizinhos e têm contato direto com a população brasileira, também poderão ser vacinados. “Se a população vizinha não estiver protegida, o risco será mantido”, esclarece.

ESTADOS – O trabalho iniciado pelo Amazonas também é feito nos estados do Pará, Acre e Mato Grosso do Sul. Em 2008, a Operação Gota, que atende as populações que moram em áreas de difícil acesso, contará com 12 aeronaves, disponíveis para missões até o mês de dezembro. Em agosto e setembro, durante a campanha contra rubéola, serão utilizados um avião e três helicópteros.

Cada equipe transportada nas aeronaves é formada por oito técnicos. Além das equipes, são enviados gelo, vacinas, seringas, material de expediente e alimentação. Em missões de grande porte, as aeronaves transportam geladeira, freezer, gerador e combustível. Em cada município, também são mobilizados técnicos que integram a missão. Até o fim do ano, a Operação Gota envolverá 320 técnicos.

LOGÍSTICA – A logística da missão é elaborada em conjunto pelos ministérios da Saúde e da Defesa em articulação com os estados e municípios assistidos pela Operação Gota. “Depois dessa etapa, o setor operacional da Força Aérea Brasileira (FAB) realiza os cálculos, verifica a disponibilidade de aeronaves, locais possíveis para abastecimento e pouso das aeronaves, número de equipes e peso a ser transportado, entre outros aspectos” conta a coordenadora do Programa Nacional de imunizações (PNI), Marília Bulhões. Ela acrescenta que “os estados identificam as necessidades locais, garantem recursos humanos e financeiros, vacinas, medicamentos, cartões de vacina e material de divulgação”.

PRIORIDADE – Em 2008, a Operação Gota e a vacinação nas áreas de fronteiras estão integradas à Campanha Nacional de Vacinação para a Eliminação da Rubéola no Brasil, que começou no dia 9 de agosto e vai até 12 de setembro. Em todo o país, a meta da campanha contra a rubéola é vacinar 70 milhões de pessoas, das quais, 35,3 mulheres e 34,7 homens. Serão vacinados homens e mulheres entre 20 e 39 anos. Nos estados Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte a faixa etária vai dos 12 aos 39 anos.
Para a OPAS, a vacinação em áreas de fronteira deve ser uma prioridade para os países membros porque melhora a qualidade de vida da população e reduz desigualdades em saúde. __________________________
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