Pacto – Prevenção à gravidez precoce e incentivo ao pré-natal
A secretária de Saúde Leny Passos diz que a realização do pré-natal nas unidades básicas de saúde, com consultas regulares, é uma das ações já definidas como imprescindíveis para o sucesso do Pacto. Em 2003 apenas 70% das mulheres tiveram no mínimo quatro consultas de pré-natal e destas, apenas 23% tiveram sete ou mais consultas durante a gravidez. Estudos nacionais mostram que quanto maior o número de consultas menor a taxa de mortalidade neonatal. “Queremos que os municípios invistam na qualidade e acesso ao pré-natal e implantem o partograma, para facilitar o acompanhamento às grávidas até o momento do parto”, diz.
De acordo com a secretária também deve fazer parte das estratégias estaduais para o Pacto a melhoria da assistência ao parto domiciliar, já que no interior muitas mulheres ainda têm seus filhos em casa. Os 61 municípios do interior devem treinar 100% das parteiras em atividade, dentro dos próximos dois anos, dando continuidade ao programa de treinamentos desenvolvido pela Secretaria, em parceria com o Ministério da Saúde.
Outras estratégias definidas como prioridade são a adesão de todos os municípios ao Programa de Humanização do Parto e Nascimento e o credenciamento das maternidades estaduais e municipais no programa Iniciativa Hospital Amigo da Criança, com a implantação dos dez passos da qualidade estabelecidos pelo Unicef e Ministério da Saúde. Segundo a secretária, em Manaus, a Maternidade Alvorada já conquistou o título e as outras cinco, quatro estaduais e uma municipal, encontram-se em fase de credenciamento no programa.
Leny Passos também destaca a ampliação do incentivo ao aleitamento materno, envolvendo Caics, Centros de Saúde, SPAs, hospitais e equipes do programa Saúde da Família, e a prevenção da gravidez na adolescência juntamente com a implementação do Planejamento Familiar. O método Mãe Canguru, já adotado pela Secretaria, deve ser ampliado para outras maternidades, assim como o programa “Primeira Semana:Saúde Integral”, onde são desenvolvidas seis ações básicas de cuidado ao recém-nascido e à mãe, dentre elas a aplicação de vacinas e o teste do pezinho.
PRINCIPAIS CAUSAS DA MORTALIDADE MATERNA
– Não realização do pré-natal
– Gravidez na adolescência
– Complicações de DST
– Complicações cardiovasculares
– Síndromes hemorrágicas
– Infecções pós-parto
– Aborto
PRINCIPAIS CAUSAS DA MORTALIDADE NEONATAL
– Problemas relacionados à gravidez e ao parto
– Anomalias congênitas
– Características biológicas das mães
– Condições sócio-econômicas
– Qualidade e acesso à assistência
Ações Estratégicas
– Vigilância da mortalidade materna e neonatal
– Melhoria da assistência ao parto domiciliar
– Implementação do Programa de Humanização do Parto e Nascimento
– Credenciamento de todas as maternidades na Iniciativa Hospital Amigo da Criança
– Prevenção da gravidez na adolescência
– Planejamento Familiar
– Implementação do Método Mãe Canguru
– Implantação do programa Primeira Semana: Saúde Integral
Taxas de Mortalidade
Materna (gravidez, parto ou aborto) – por 100 mil nascidos vivos
Brasil 74,5
Amazonas 73
Neonatal (até os 27 dias de vida) – por 1 mil nascidos vivos
Brasil 18,3
Amazonas 11,5
Metas de Redução
Até 2006 15%
Até 2015 75%
Nascimentos em 2003 no Amazonas
69.770