Parada do Orgulho Louco acontece no dia 10
Portadores de transtornos mentais realizam no dia 10 de outubro, a 2ª Parada do Orgulho Louco, com uma passeata pelas principais ruas do centro de Manaus. O evento faz parte da programação local em comemoração ao Dia Mundial da Saúde Mental e tem como objetivo chamar a atenção da sociedade para a necessidade da inserção dessas pessoas no convívio social.
O evento é uma realização da Associação Chico Inácio que, desde 2004, congrega usuários do sistema de saúde mental, familiares e profissionais de diversas áreas. A Parada tem o apoio da Coordenação de Saúde Mental da Secretaria de Estado da Saúde (Susam), das Secretarias de Estado da Educação (Seduc) e da Cultura (SEC), além de outras associações, sindicatos e centros acadêmicos.
As atividades terão inicio às 8h com a concentração dos manifestantes na praça da igreja da Matriz. Em seguida, seguem em passeata pela avenida Eduardo Ribeiro e rua 10 de Julho até o Largo de São Sebastião, onde será realizado um ato público-cultural. Peças teatrais, exibição de peças artesanais confeccionadas pelos próprios pacientes e apresentação de fanfarras estão na programação do ato cultural, que encerra a passeata.
Durante a caminhada os pacientes irão distribuir cópias da “Carta dos Direitos dos Usuários e Familiares de Serviço de Saúde Mental”, criada em 1993, onde estão especificados os direitos dos portadores de transtornos mentais. “O documento já existe há mais de uma década e ainda é desconhecido por grande parte da sociedade. A distribuição da carta é uma forma de conscientizar as pessoas”, disse o coordenador do programa estadual de saúde mental, Rogelio Casado.
Segundo o coordenador, a 2ª Parada do Orgulho Louco é uma oportunidade de interação entre os pacientes da saúde mental e a sociedade em geral. Ele destaca que essas pessoas são vítimas de preconceito e discriminação por parte da sociedade e que elas precisam ser inseridas no contexto sócio cultural moderno. “Não podemos continuar excluindo os pacientes da saúde mental. Eles precisam ser assistidos e tratados como pessoas, respeitando os direitos humanos desses cidadãos”, destaca Rogelio.