Programa de capacitação de pessoal

O estudo faz parte das ações de implantação do Pólo de Educação Permanente, uma proposta que o Ministério da Saúde está levando para todos os estados brasileiros a fim de garantir melhor capacitação das pessoas que trabalham na saúde pública.

Ontem pela manhã, as instituições envolvidas deram início a uma oficina de trabalho com o objetivo de definir as metas prioritárias para o plano estratégico de implantação do pólo e as condições para o seu funcionamento, incluindo profissionais, estrutura física, recursos financeiros e materiais. Estão participando das discussões, além da Susam e Ministério da Saúde, as universidades federal e estadual do Amazonas (Ufam e UEA), a Fundação Oswaldo Cruz, Fundação Nacional de Saúde, Secretaria Municipal de Súde, Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems) e Conselho Estadual de Saúde.

A secretária estadual de saúde, Leny Passos, disse durante a abertura do encontro que a criação do Pólo de Educação vai viabilizar a formação e reciclagem de pessoal em todos os níveis, dos auxiliares técnicos aos profissionais de nível superior, de acordo com as demandas do Estado. “Serão atendidas não só às necessidades de atualização e reciclagem dos que já trabalham na saúde pública, mas também a formação de novos profissionais pelas escolas técnicas e universidades”.

A secretária defende que as instituições locais dirijam seus currículos para a formação de profissionais que possam atuar na capital e no interior, atendendo o perfil do Estado. “Temos carência de alguns técnicos e profissionais importantes, principalmente nos municípios mais distantes”. Além disso, ela explica que as universidades também serão parcerias na oferta de alguns cursos necessários.

O assessor técnico do Ministério da Saúde, Inácio Mota, um dos responsáveis pela coordenação da implantação do Pólo no Amazonas, disse que o Estado, assim como os outros oito que fazem parte da Amazônia Legal, estão recebendo atenção prioritária desde o ano passado para consolidar o programa na região. “A Amazônia difere das demais regiões no mínimo em função das distâncias e das dificuldades de acesso. Por isso, tem que ser vista de maneira especial e é isso o que o Ministério está propondo”, garantiu.

Inácio disse que estarão disponíveis este ano mais de R$ 2 milhões para aplicação nos treinamentos que o estado considerar necessários e outras cotas extras que poderão ser aplicadas em linhas de trabalho propostas pelo Ministério: especializações e residência médica para o Programa Médico da família, formação e atualização para os programas de Hanseníase e Tuberculose, para o atendimento de urgência e emergência e para qualificação de conselheiros de saúde.

O detalhamento das prioridades do Pólo serão definidas hoje (dia 10) e apresentadas para aprovação ao Colegiado de Gestão, que reúne representantes das instituições envolvidas no processo de implantação. Segundo Inácio Mota os treinamentos no Estado já devem começar no mês de abril.