Rede de policlínicas será ampliada
Todos os dias a Policlínica Codajás (nova denominação do PAM Codajás), na Cachoeirinha, zona Centro-Sul, recebe em média cinco mil pessoas. Elas buscam atendimento médico, medicamentos e exames de diagnóstico (marcação e autorização). Muitas poderiam ser atendidas em locais mais próximos de casa, nas unidades básicas de saúde, mas ainda estão acostumadas com o antigo funcionamento do PAM, onde até o ano passado era possível receber assistência básica, incluindo pré-natal e exames laboratoriais simples. A Secretaria de Saúde do Governo do Amazonas (Susam) calcula que mais de 40% dos que vão à unidade possam resolver seus problemas de saúde no próprio bairro e por isso está elaborando ações informativas para esclarecer a população sobre os locais adequados para cada tipo de atendimento.
“A Policlínica Codajás é, hoje, uma das três unidades do Governo do Estado dedicadas ao atendimento de média complexidade”, explica o secretário de Estado da Saúde, Wilson Alecrim. Ele informa que este nível de atenção é intermediário entre a atenção básica, onde são feitas as ações de prevenção e solução de problemas mais simples, e a alta complexidade, que se refere a procedimentos como internações, cirurgias e transplantes. “Precisamos ter unidades específicas para cada nível e a população precisa saber aonde ir para evitar peregrinações”, diz.
O secretário orienta que, se o caso não for de urgência ou emergência, o primeiro local a ser procurado é o centro de saúde mais próximo de casa, onde são oferecidas consultas em clínica médica e pediátrica e onde também são realizados os programas de controle e prevenção, incluindo vacinação, pré-natal e acompanhamento dos portadores de diabetes e hipertensão, dentre outras doenças. “Para as policlínicas são encaminhados os casos que não podem ser resolvidos nestas unidades”, diz.
Estimativas da Organização Mundial de Saúde indicam que 80% dos casos têm solução na rede básica e que apenas 20% do total precisam de atenção na média e alta complexidade. O secretário diz que para atender este público e reduzir a sobrecarga na Policlínica Codajás, o atendimento está sendo descentralizado pelo Governo do Estado. No ano passado, entraram em funcionamento as policlínicas Zeno Lanzini e Antônio Aleixo, na zona Leste, e ainda neste primeiro semestre deve ser inaugurada outra, na zona Norte. “Estas unidade estão em pontos estratégicos para oferecer especialidades médicas que atendam as necessidades gerais e específicas das comunidades residentes em cada área”.
Wilson Alecrim diz que no geral, as policlínicas oferecem serviços em gastroenterologia, dermatologia, ginecologia, oftalmologia, cardiologia, ortopedia, mastologia, odontologia (periodontia e endodontia) e exames de apoio diagnóstico como análises clínicas, radiologia, endoscopia e ultrassonografia, mas que a definição final das especialidades está sendo feita com base no perfil de cada área. A Policlínica Antônio Aleixo, por exemplo, oferece também ortopedia e fisioterapia, para atender a comunidade do bairro, formada em sua maioria por portadores e ex-portadores de hanseníase, e a Policlínica Codajás oferece 22 especialidades médicas.
O secretário lembra que o atendimento nestas unidades é feito com encaminhamento médico. Na Policlínica Codajás, a de maior oferta e procura de serviços, a marcação de consultas é feita pelo 0800. Nas duas outras a marcação é feita na recepção. De acordo com Alecrim, o tempo médio para a confirmação do atendimento médico depende de uma especialidade para outra, mas varia de dois a 30 dias, na Codajás, e de sete a 15 dias nas demais. “A não ser em casos excepcionais, não temos mais espera superior a 90 dias, como ocorria antes”.
Wilson Alecrim pede a colaboração da população no sentido de buscar nas policlínicas, apenas o atendimento em especialidades (médicos especialistas e exames mais complexos). Ele reforça que estas unidades, incluindo o antigo PAM, não oferecem serviços básicos como o pré-natal, consultas de obstetrícia e pediatria. As policlínicas também não distribuem medicamentos da atenção básica como sulfato ferroso e vermífugos. “Com a municipalização, estes serviços ficaram por conta dos Centros de Saúde Municipais e Programa Saúde da Família, coordenados pela Prefeitura de Manaus”, explica.
0800 tem novo horário
Para melhorar também este atendimento, o Governo do Estado ampliou, no início desta semana, seu horário de funcionamento. Agora o sistema funciona das 7h às 21h30, sem interrupção, e tem capacidade para atender até oito mil ligações por dia. “Estamos oferecendo uma alternativa de horário para aumentar o número de atendimentos diários e reduzir a quantidade de ligações perdidas em função do congestionamento do sistema”, diz Alecrim.
Além do novo horário de atendimento pelo 0800, o secretário informa que a Susam deve promover outras adaptações até o final do ano para que a população fique mais satisfeita e tenha respostas mais rápidas.
Unidades por tipos de atendimento
Prevenção, pequenos problemas e distúrbios passageiros – Centros de Saúde Municipais e Programa Saúde da Família (unidades da Prefeitura de Manaus), além dos Caics estaduais (para crianças).
Consultas e exames especializados – Policlínicas, Fundações de Saúde e Centros de Referência. Atendimento com encaminhamento médico.
Urgências Simples (dores agudas, baques, pequenos cortes, queimaduras etc) – Serviços de Pronto Atendimento e Ambulatórios de Alta Resolutividade.
Urgência e Emergência (acidentes graves, ferimentos por arma branca e de fogo, etc) – Pronto-socorros adultos e infantis.
Atenção ao Idoso – Caimis da rede estadual