Rede de saúde vai ganhar novos serviços
O plano de investimentos para ampliação e melhorias na rede estadual de saúde prevê investimentos de R$ 70 milhões em 2006. A meta, de acordo com o governador Eduardo Braga, é aumentar a capacidade de assistência, ordenar a oferta de serviços e facilitar o acesso da população a consultas, exames e internações.
A partir do levantamento das principais necessidades e com foco na descentralização do atendimento na capital, o Governo do Estado vai levar para os bairros novos serviços de urgência visando desafogar os dois principais pronto-socorros, o 28 de Agosto, na zona Sul, e o João Lúcio, na zona Leste.
De acordo com Braga, a Secretaria de Estado da Saúde (Susam) já trabalha nos projetos de instalação de três serviços de pronto atendimento (SPAs) que funcionarão nos bairros de São Raimundo, Cidade Nova e Redenção, e no plano de reforma e ampliação do SPA Alvorada. Com isso, a rede de pequenas urgências vai contar com oito unidades e capacidade para cerca 150 mil atendimentos mensais. O pronto-socorro João Lúcio, que atende todos os dias 700 pacientes com traumas e problemas graves, também será reformado e ganhará mais 60 leitos, enquanto o 28 de Agosto terá nova estrutura nos ambientes de clínica médica e cirúrgica.
Na área de média complexidade, a policlínica Centro (antigo PAM), que será reconstruída, vai oferecer 26 especialidades médicas. A nova unidade, onde serão feitos investimentos de R$ 8 milhões, vai ter capacidade para 32 mil consultas por mês e dezenas de exames especializados. Atualmente este tipo de serviço é oferecido em outras quatro policlínicas, três das quais nas zonas Leste e Norte. A Susam estima que cerca de 20% do total de atendimentos feitos na rede básica – centros de saúde e programa médico da família – precisem ser encaminhados para a rede de especialidades. “Essas policlínicas são o nível intermediário de atenção e tanto recebem os pacientes da rede básica quanto os da alta complexidade, ou seja, aqueles que foram atendidos no pronto-socorro e precisam de acompanhamento ou aqueles que se submeteram a tratamento mais complexos como cirurgias e também precisam ser avaliados posteriormente”, explica o secretário estadual de saúde, Wilson Alecrim.
O secretário informa que Instituto da Criança do Amazonas (Icam), o maior hospital pediátrico da capital, também sofrerá reformas, assim como a maternidade Balbina Mestrinho. “Com estas obras, estaremos com a rede melhor adequada e pronta para a implantação da Central de Regulação, um dos principais projetos ligados à organização da assistência em Manaus”, esclarece Alecrim.
A Central de Regulação vai permitir a marcação de consultas e exames on line ou via telefônica, integrando as informações de todas as unidades de saúde. “O médico que solicitar uma ultrassonografia poderá marcar o exame a partir da sua unidade, informando na mesma hora ao paciente sobre o local e horário do exame, evitando que ele faça uma peregrinação em busca de vaga”. O mesmo irá acontecer com os leitos para internação e as consultas.
De acordo com Wilson Alecrim, para 2006 o governador também autorizou a construção de seis novas farmácias populares que, como as duas já inauguradas em parceria com o Governo Federal, irão oferecer remédios até 85% mais baratos que os vendidos nas drogarias. Serão adquiridas, ainda, dez novas ambulâncias para o transporte de pacientes de uma unidade hospitalar para outra.
O secretário destaca que todas as obras de saúde inacabadas na capital foram concluídas pela atual administração. “Agora, estamos incrementando a rede e criando serviços que visam aumentar o conforto dos usuários”, diz o secretário. Os investimentos globais para a saúde no próximo ano, segundo Alecrim, estão sendo fechados, mas devem se manter acima dos 20% dos recursos próprios do Estado. “O Amazonas é um dos poucos estados que cumprem a legislação que obriga a aplicação em saúde de pelo menos 12% dos seus recursos e um dos que mais investe na área”, assegura. Até o final de 2005 devem ter sido gastos em Saúde cerca de R$ 1 bilhão.