Remédios chegam a Ipixuna e Guajará

A Secretaria de Estado da Saúde (Susam) enviou ontem (14) mais 1 tonelada e 200 mil quilos de medicamentos para o interior do Estado, para dar suporte ao tratamento dos doentes infectados por rotavírus na área do Alto Rio Juruá. Parte do material foi levada para o município de Ipixuna, onde 15 crianças continuam internadas no Hospital Dona Maria da Glória, com quadro de gastroenterite causada pelo vírus. Cento e cinqüenta casos já foram registrados, 16 dos quis nos últimos dois dias. Outra parte dos medicamentos seguiu de Manaus para o município vizinho de Guajará, onde há casos suspeitos, sob investigação pela Fundação de Vigilância em Saúde (FVS).

Foram embarcados nos dois vôos da Força Aérea Brasileira soro, antibióticos, analgésicos e vitaminas, além de fraldas descartáveis, algodão, seringas e hipoclorito. A secretária executiva de Assistência à Saúde do Interior, médica Heliana Feijó, acompanhou o envio do material no aeroporto de Ponta Pelada e seguiu para Guajará, para acompanhar os trabalhos das equipes de médicos e técnicos que trabalham no diagnóstico e no acompanhamento dos pacientes.

Não houve mais nenhum óbito em Ipixuna por rotavírus, além dos 11 casos, registrados até o último dia 12. O secretário estadual de Saúde, Wilson Alecrim, afirmou ontem que a situação está sob controle e que todas as providências epidemiológicas para diagnóstico e tratamento estão sendo tomadas pelo Governo do Estado. Desde a comunicação oficial dos casos pelo município de Ipixuna, no último dia 2 de setembro, foram feitos seis vôos para transporte de medicamentos e deslocamento de profissionais para dar suporte às equipes locais.

O diretor técnico da Fundação de Vigilância em Saúde, infectologista Bernardino Albuquerque, disse que o órgão encaminhou um alerta a todos os municípios amazonenses, solicitando especial atenção dos profissionais de saúde para as diarréias em crianças menores de 5 anos. Pela proximidade com os locais de ocorrência dos casos de infecção por rotavírus, Envira e Eirunepé, foram orientados a permanecer em vigilância máxima. A Susam já avalia a possibilidade de mandar para os dois municípios quantidade extra de soro e outros produtos para atender a possíveis pacientes com quadro de diarréia e vômito, causados pelo rotavírus.

Bernardino Albuquerque informou que os exames de amostras colhidas no município confirmaram que as infecções registradas em Ipixuna foram causadas pelo rotavírus. Outros testes, feitos no Laboratório Central, em Manaus eliminaram as possibilidades do surto epidêmico ter sido causado por outros agentes como cólera, salmonela e escherichia coli, bactérias que provocam infecção com sintomas semelhantes aos registrados – vômitos, diarréias intensas e febre.

Não há medicação específica para tratar a infecção por rotavírus. O paciente tende a evoluir para a cura entre quatro e oito dias e o tratamento é feito principalmente no sentido de evitar a desidratação e distúrbios hidroeletrolíticos (por falta de líquido no organismo), que podem levar à morte.

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