Secretária de Saúde recebe embaixador de Cuba

Acompanhado do primeiro secretário do Pólo Científico da Embaixada, Eddisel Rosário Alfondo e do diretor da fábrica Labiofam, Juan Carlos Veja, o embaixador discutiu a implantação das fábricas de medicamento e biolarvicida no Amazonas e o intercâmbio científico com Cuba, conforme definido no protocolo de intenções, assinado pelos governos do Amazonas e cubano.

Leny Passos fez uma exposição sobre as estratégias que o Governo do Estado vem utilizando para controlar a malária, o que inclui a aplicação de biolarvicida para combater as formas larvárias do mosquito transmissor. Ela destacou que criação da fábrica no Estado, tanto para produção de biolarvicida quanto de medicamentos, irá trazer impactos sociais e financeiros positivos para, além de avanços técnicos e científicos. “Os custos para adquirir insumos para as ações de saúde são altos. Com produção prórpia, estaremos reduzindo gastos e otimizando as ações de promoção à saúde”. A secretária explicou ao embaixador que os medicamentos representam, atualmente, um dos maiores investimentos da Secretaria de Saúde. “Com a fábrica no Amazonas, estaremos suprindo parte das nossas necessidades e também de estados vizinhos como Acre, Rondônia e Roraima”.

O embaixador Pedro Mosquiera também ouviu da secretária a necessidade de intercâmbio para reforçar a atividade médica no Estado. A Secretaria de Estado da Saúde (Susam) vai encaminhar, nos próximos dias, informações detalhadas sobre as atuais demandas do Estado para que a Embaixada avalie, juntos às escolas superiores cubanas, como a cooperação poderá ser feita. Leny Passos destacou que o Governo do Amazonas está inaugurando novas unidades no interior que passarão a oferecer serviços de média complexidade. “Precisamos de profissionais capacitados e um dos grandes problemas é concentrar as equipes para treinamento, além de deslocar e fixar médicos nos municípios do interior”. Ela disse que um dos interesses do Estado seria viabilizar reciclagem e atualização para médicos, enfermeiros e técnicos, através das universidades locais e Escola Técnica do SUS, além de contar com a presença de médicos cubanos nos municípios até que a demanda seja atendida por equipes próprias.

Segundo Pedro Mosquiera o Brasil já conta com 980 profissionais de saúde cubanos, grande parte deles nos estados de Roraima e Tocantins. Atualmente também se encontram em formação, em Havana, 600 jovens brasileiros, 60 dos quais com retorno previsto para este ano. “A partir do próximo ano, devem retornar 100 profissionais formados por ano”, disse Pedro, destacando que Cuba tem total interesse em oferecer subsídios para a capacitação dos profissionais do Amazonas.