Secretário vai a Brasília para reunião sobre dengue

O secretário de estado da Saúde, Wilson Alecrim, viaja nesta quarta-feira (19) para Brasília, onde terá uma reunião de trabalho com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. O tema do encontro será o enfrentamento da dengue nos 16 estados com maior risco de ocorrer epidemia, grupo do qual o Amazonas faz parte, de acordo com critérios de indicação de riscos, adotados pelo Ministério da Saúde.

Os dados relativos à doença no Estado e as medidas de controle foram apresentadas na semana passada ao Secretário Nacional de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, e ao Coordenador Nacional do Programa de Controle da Dengue, Giovaninni Coelho, que estiveram no Amazonas, discutindo o assunto com Wilson Alecrim e com secretários municipais das cidades amazonenses com maior risco de epidemia.

As informações repassadas à equipe ministerial estão contidas no Plano Estadual de Controle e Prevenção da Dengue que agora será levado diretamente ao ministro Alexandre Padilha. “Como o combate à dengue requer a efetiva parceria do poder público nas três esferas, vamos estar em permanente troca de informações e definindo estratégias de apoio para execução das medidas que visam evitar aumento de casos e a ocorrência de epidemias”, diz Wilson Alecrim.

O secretário levará também o novo mapa de risco da dengue no Amazonas, definindo nesta segunda-feira (16) a partir de informações relativas o número de casos registrados em cada município e o índice de infestação por Aedes aegypti. O cruzamento dos dois fatores levou a Secretaria de Estado da Saúde a classificar sete municípios amazonenses como de alto risco de epidemia – Humaitá, Codajás, Coari, Itacoatiara, Tefé, Barcelos e Lábrea. Planos municipais, contemplando especificidades de cada um, estão sendo concluídos sob a coordenação da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) e as medidas gerais de combate já foram intensificadas em todos eles.
Segundo o Wilson Alecrim, outros oito municípios já estão sendo monitorados com prioridade pelo Governo do Estado, apesar de apresentarem menor risco de transmissão da doença: Tabatinga, Boca do Acre, Novo Aripuanã, Borba, Nova Olinda do Norte, Manacapuru, Novo Airão e São Gabriel da Cachoeira. Nestes, foi observado aumento dos casos até o segundo semestre de 2010, porém com declínio no final do ano.

O secretário destaca que as medidas adotadas para evitar a proliferação do mosquito transmissor e o adoecimento da população no Estado já são consideradas exemplo pelo Governo Federal. Além disso, informa, o Amazonas está reorganizando a rede de atendimento a doenças febris, nas quais se inclui a dengue. As unidades públicas e privadas estão sendo relacionadas e classificadas por tipo – unidades básicas, serviços de pronto atendimento, pronto-socorros de grande porte, hospitais e laboratórios – para direcionamento adequado de treinamento, e padronização dos serviços oferecidos para os pacientes, de acordo com a gravidade dos casos.

De acordo com o Ministério da Saúde, a inclusão do Amazonas no grupo dos 16 estados com maior risco de apresentar epidemia está associado à vulnerabilidade da população principalmente aos sorotipos 1 e 3, com pouca circulação no Estado, e a recente entrada do vírus tipo 4, com o qual a população ainda não tinha tido contato. Além disso, segundo o secretário, estão relacionados ao risco de epidemia a densidade populacional da capital, critérios ambientais e os índices de infestação do mosquito identificados por meio do LIRAa (Levantamento Rápido de Infestação por Aedes aegypti).

Apesar de ser estado prioritário para o combate à dengue, o Amazonas não registra epidemia da doença desde 2001. Em 2010 foram registrados no Estado 4.017 casos de dengue.
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Andréa Arruda
Francismar Lopes