Segurança alimentar é discutida por profissionais de saúde

O evento, realizado no auditório da Susam, no período de 05 a 07 deste mês, estará reunindo profissionais de saúde dos 62 municípios do Estado, que ao final da Oficina estarão aptos a realizar diagnósticos de segurança alimentar e nutricional nas famílias e comunidades onde atuam.

Além da prática do monitoramento nutricional, o curso visa o aprimoramento do conhecimento da área em questão, objetivando a prevenção da desnutrição e dos agravos associados a esta enfermidade. No Estado do Amazonas, atualmente são desenvolvidas atividades de educação em saúde sobre alimentação e nutrição para a população de todos os municípios. A Susam coordena ainda o Bolsa-Alimentação, hoje com 33 mil beneficiários. O programa consiste no repasse do Governo Federal de R$ 15 por beneficiário – crianças de seis meses a seis anos, gestantes e mulheres que amamentam – visando a recuperação dos desnutridos. O benefício é recebido através de cartão magnético.

A coordenadora da Oficina, Ângela Matos, ressalta que o curso abordará primordialmente a prevenção. “Nosso foco principal ainda é a criança. Trabalharemos então os dez passos da alimentação saudável para crianças brasileiras menores de dois anos”, disse. Com uma média de 44 mil crianças nascidas vivas nos meses de janeiro a maio deste ano no Amazonas, cerca de 5,4% são desnutridas na faixa etária de zero a 11 meses. Em menores de dois anos, o índice de desnutrição sobe para 8,8%.

Nesta quarta-feira (dia 5), os temas abordados pela manhã por Ricardo Wendling, da Arquidiocese de Manaus, serão Direitos Humanos, Alimentação e Nutrição, Conceito de Alimentação e Estilos de Vida Saudáveis. À tarde, a representante do Ministério da Saúde, Elaine Pasquim, irá palestrar sobre Segurança Alimentar e Nutricional.

10 PASSOS DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL PARA CRIANÇAS BRASILEIRAS MENORES DE DOIS ANOS:

1) Dar somente leite materno até os seis meses, sem oferecer água, chás ou quaisquer outros alimentos;

2) A partir dos seis meses, oferecer de forma lenta e gradual outros alimentos, mantendo o leite materno até os dois anos de idade ou mais;

3) A partir dos seis meses, dar alimentos complementares (cereais, tubérculos, leguminosas, frutas e legumes) três vezes aos ida, se a criança receber leite materno, e cinco vezes ao dia, se estiver desmamada;

4) A alimentação complementar deve ser oferecida sem rigidez de horários, respeitando-se sempre a vontade da criança;

5) A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida de colher; começar com consistência pastosa (papas, purês) e, gradativamente, aumentar a sua consistência até chegar à alimentação da família;

6) Oferecer à criança diferentes alimentos ao dia. Uma alimentação variada é uma alimentação colorida;

7) Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições;

8) Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outras guloseimas, nos primeiros anos de vida. Usar sal com moderação;

9) Cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos; garantir o seu armazenamento e conservação adequados;

10) Estimular a criança doente e convalescente a se alimentar, oferecendo sua alimentação habitual e seus alimentos preferidos, respeitando a sua aceitação.