Servidores terão abono a partir deste mês

A partir deste mês os servidores do Governo do Estado que atuam na área de Saúde receberão abono salarial que varia de R$ 120,00 a R$ 600,00, de acordo com o nível e a categoria funcional. Hoje (11), o governador Eduardo Braga assinou o decreto que formaliza a concessão do abono para os servidores da Secretaria de Estado da Saúde e órgãos vinculados, durante solenidade da qual participaram secretários de estado, diretores de unidades de saúde e representantes da diretoria do Sindicato dos Servidores de Saúde (Sindsaúde).

Neste mês os valores serão pagos em folha suplementar e, a partir de novembro, estarão incluídos no contra-cheque. Pelo acordo, os servidores de nível médio, auxiliar e elementar terão abono de R$ 120,00 e os de nível superior, R$ 250,00.

Para os médicos, que não haviam aceito a proposta de R$ 500,00 em resposta às suas reivindicações , o Governo autorizou um abono de R$ 600,00, também a contar do mês de outubro. A categoria entrou em greve na última segunda-feira, reivindicando R$ 1.500,00 de abono emergencial. Em reunião com a presidente do Sindicato dos Médicos, Auxiliadora Brito, antes da assinatura do decreto, Braga propôs a suspensão imediata da greve. O Sindicato deve se manifestar na quinta-feira. Com o abono, os médicos especialistas passarão a receber R$ 3.155,00, e os não especialistas, R$ 2.906,00, por contrato de 20 horas semanais.

Além dos abonos, Braga fechou acordo com as categorias profissionais da saúde para que seja aberta, na próxima segunda-feira (17), a mesa de negociações para implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR). O plano deve ser discutido por representantes dos servidores da Susam e das seis fundações vinculadas, e encaminhado ainda neste ano para aprovação na Assembléia Legislativa do Amazonas.

Durante a formalização de concessão dos abonos para a Saúde, o governador disse que pela primeira vez no Amazonas Estado e Prefeitura terão um valor unificado para os servidores do Sistema Único de Saúde. “Estamos fazendo um esforço para melhorar ao máximo as condições salariais dos servidores, dentro das possibilidades do Estado”, assegurou.

De acordo com Eduardo Braga, os abonos causarão um impacto na folha de pagamento da Saúde de R$ 36 milhões ao ano. O menor salário pago pela Susam será R$ 718,85, referente às categorias de nível elementar, na qual estão incluídos, por exemplo, os auxiliares de serviços gerais. Para os cargos de direção, o governador informou que existem estudos de melhoria salarial. “Espero na próxima semana ter o projeto que vai corrigir distorções nos níveis de chefia”, adiantou.

Balanço – Eduardo Braga aproveitou para fazer uma retrospectiva da saúde no Estado desde que assumiu o Governo. Ele disse ter encontrado uma situação crítica em relação à rede, que tinha várias unidades destruídas e não concluídas. Falou também sobre as deficiências do atendimento materno-infantil, informando que os problemas demandaram a inauguração de duas maternidades e outras 15 unidades, além de centros de cuidados intensivos. “Só o PAM Codajás oferecia consultas em especialidades e não havia política de descentralização para este tipo de atendimento. Inauguramos três policlínicas e vamos construir mais três, além da central de regulação para marcar consultas e evitar longas esperas”, disse.

No interior, segundo o governador, a situação era ainda mais crítica. “Ao invés de construir sem destruir, destruíram e não construíram unidades novas”. Em dois anos e meio, destacou, foram inaugurados 17 hospitais com estrutura e equipamentos semelhantes aos oferecidos na capital.

Braga informou que até o final do ano devem ser gastos com a saúde pública estadual cerca de R$ 1 bilhão. “Estamos promovendo uma reengenharia da saúde no Estado. Nunca se trabalhou tanto e nunca se investiu tanto na área como neste governo”, disse. Só em medicamentos o Estado já investiu R$ 107 milhões neste ano, dando suporte inclusive para a rede municipal que vive um problema crônico de desabastecimento. “Ainda temos problemas, como a super demanda no João Lúcio, mas estamos trabalhando para que as dificuldades do sistema acabem”.